- Pisa-Pilão
-
Á beira do precipício
Pisou o piso
Fundo calmo da mêmoria.
Ria... sou louco
Falam os loucos:
- Ela é, louca.
Ria... calma
Anágua, cambraia
E, ela ria.
Chorava, gritava... ria
Pisou no precipício
Rolou na mêmoria
Caiu... caia.
Pisa-Pilão...
Pilão gonguê.
Matias Moreno. PISA-PILÃO. Álbum: Lagoa da Onça. “Ana Maria
& Matias Moreno”. Bahia – 2022.
- PROGRAMA -
Embolada – “Embora a coreografia seja em todos a mesma,
existe uma variante enorme de tipos de côco, tomando suas designações dos mais
diversos elementos; por exemplo: dos instrumentos acompanhante (Côco de Ganzá,
Côco de Zambê); da forma do texto poético (Côco de décima, Côco de oitava); do
lugar em que é executado ou a que o texto se refere (Côco de Usina, Côco de
Praia); do processo poético-musical (Côco de Embolada). A forma dos Côcos é uma
estrofe-refrão. O refrão ou segue a estrofe ou se intercala nela. Poéticamente,
apenas o refrão é fixo, constituindo o caracterizador do Côco. As estrofes, quase
sempre em quadras de sete sílabas, são tradicionais ou improvisadas. A estrofe
solista em principal nos chamados especialmente Côcos de Embolada. Os Côcos
obedecem geralmente aos compassos 2/4 ou C. Há também uma espécie de Côcos mais
lentos e mais líricos, de ritmo muitas vezes bem livre, não destinados á dança,
sendo englobáveis. Portanto, no gênero das Canções”.
Oneyda Alvarenga. (COMENTÁRIOS A ALGUNS CANTOS E DANÇAS NO
BRASIL, “Revista do Arquivo Municipal”, LXXX, 219, São Paulo.
- SALÃO DE AUDIÇÃO -
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