Estamos hoje nos preparando e arrumando nossa "Mala do Folclore" para caber mais um tomo de nossa obra! Hoje entramos num papo mais extenso e preciso, pois amigos, conversar com vocês daqui abre precedentes para novas oportunidades. Muito obrigado! Enfim, coube em nossa mala, enquanto matávamos a saudade, os três ritmos que finaliza o cd Minha Terra.
Então amigos vamos falar do ritmo Jongo – Espécie de Samba, em São Paulo , Minas Gerais,
Espirito Santo, Estado do Rio de Janeiro. Sua coreografia difere duma para
outra localidade. “ No centro da roda, exibim-se os dancarinos,
individualmente, numa coreografia complicada de passos, contorções violentas e
sapateado, no que revelam grande agilidade. O acompanhamento é feito
exclusivamente por instrumentos de percussão. Pequenos tambores chamados
Tambores de Jongo, que são barrilotes fechados por uma pele esticada. Às vêzes
o Cantador traz um chocalho na mão. O interêsse do Jongo está na disputa que fazem
os Dancarinos de suas habilidades, sendo comum irem ao centro da roda dois
deles – um homem e uma mulher – e encorajados pela vibração da assistência,
realizam um verdadeiro desafio de passos. O Canto é de estrofe e refrão
sustentado pelo ritmo surdo dos tambores. Às vezês estranhamente combinados e
ajudados pelo batido das palmas “.
(Renato Almeida, Historia da
Musica Brasileira, p.167). É importante lembrar que toda a nossa obra, são releituras da realidade musical de nosso Brasil. Um recorte em nosso tempo, com isso também vem mais duas obras Samba-Canção e Modinha :
Como o próprio nome sugere, o Samba-Canção indica uma aproximação do samba com a canção,
sucessora da modinha
como modelo básico de música romântica ao longo das décadas de 1920
e 1930. No entanto, antes de se fixar como um
subgênero musical no seio do moderno samba urbano carioca (e ao lado do samba
carnavalesco), o termo samba-canção designava várias músicas que caberiam
dentro dos apelidados "sambas de meio de ano", mas que não eram na
verdade sambas-canção como se entenderia a partir da década
de 1930. Por exemplo, o samba-maxixe "Jura", de Sinhô,
interpretado por Araci Côrtes, que foi lançado em 1929 equivocadamente
como um samba-canção. Segundo José Ramos Tinhorão, o samba-canção é resultado
de experiências iniciadas por compositores semieruditos como Henrique
Vogeler, Heckel Tavares e Joubert de Carvalho, mas passaria
paulatinamente ao domínio de compositores oriundos das camadas mais baixas da
população, muitos dos quais ignorantes da música formal.
A primeira canção
reconhecidamente a fazer sucesso como samba-canção foi "Linda Flor (Ai
Ioiô)". A composição da música foi feita pelo maestro Henrique
Vogeler, que era diretor-artístico da gravadora Brunswick),
e a autoria da letra é da dupla de revistógrafos Luís Peixoto e Marques Porto. As duas primeiras
versões foram gravadas, respectivamente, por Vicente
Celestino e Francisco Alves. Por exigência de Araci
Côrtes, uma nova versão da letra foi reescrita, e obteria grande sucesso.E a Modinha - È uma Canção Brasileira, De gênero tradicional, quaze sempre amorosa. As mais antigas tinham, mesmo sabor acentuadamente erótico, e por vêzes equivoco. Gilberto Freyre a elas se refere, dizendo-se impregnadas do erotismo das “Casas-Grandes e das Sensalas”. Ribeiro dos Santos, que as ouvio
(Luiz da Camara Cascudo, Dicionario do Folclore Brasileiro, 403).
Então Amigos até breve, nos veremos na Boca do Povo!.