O Dançarino e Revistógrafo
Bahiano “ Duque ” apresentando-se ao lado de sua Partenaire Gaby, acompanhados
pela Orquestre Dês Hawaiens. Foi responsável pela transformação do Maxixe e
outras danças, consideradas no Brasil de baixa origem, em ritmos elegantes e
apreciados nas altas rodas. Pouco depois, ainda na Capital
Francesa, abriu escola de danças e fez apresentações em Londres e Nova York.
Fontes: Memória do Rádio, Enciclopédia da Música Brasileira - Art Ed. Publifolha.
Olá gente do Brasil e desse nosso Mundo Folclórico, tira mais uma música dessa mala! Tiramos sim o ritmo Samba com a música Mangueira. E junto com ele mais uma de nossas ricas histórias sobre o ritmo :
Samba – Havia na Bahia uma família de
negros escravos. Pais e sete filhos. O chefe da família ansiava pela sua
liberdade e dos seus. Todo o ganho auferido em trabalhos e biscates era
amealhado para a alforria. Depois de desesperadas privações.conseguiu o negro
escravo juntar sete contos de réis. O preço da liberdade sonhada. Um dia,
porém, adoeceu e chegou ás portas da morte. Reuniu a família e no catre
mortuário revelou ao filho mais velho o esconderijo do dinheiro que devia
dar-lhe a liberdade: ele morreria escravo para servir a Deus lá no céu.
A revelação alucinou o filho
que imediatamente correu ao local,retirou o dinheiro e, sem se incomodar com os
seus, fugiu para bem longe. O destino, caprichoso sempre, trouxe melhoras ao
moribundo, que aos poucos conseguiu restabelecer-se. Ciente da má ação do
filho, amaldiçoou : “Olarum nã laré (Deus te esconjure)” e com a mulher e os
outros filhos iniciou nova tarefa de
economias. O mau filho, porém alcançara o Pará. O pouco escrúpulo de sua
consciência favoreceu-lhe ótimas oportunidades e em breve estava bem de
fortuna. Ao contrário do pai, não pensava em libertar-se, mas um remorso cruel roia-lhe
a alma e em busca do perdão regressou á Bahia.
Surpreendeu-se com a nova de
que os seus eram livres, e ele, com todo o dinheiro, mísero escravo. Sentiu o
castigo e resolveu mandar ao pai um emissário implorar-lhe o perdão, em troca
da quantia furtada. O pai relutou muito, mas, a ambição fê-lo ceder.
Combinou-se que o perdão seria dado com grande aparato, num cerimonial á moda
africana.
Tudo preparado realizou-se a
festa. Segundo o ritual, na hora solene o pai abençoou o filho com as palavras:
”Mofo rijum él...(Eu te perdôo)”. Nesse
momento. Todos juntos proferiram a sentença: SAM(pague). BÁ(receba). Para
firmar o perdão, dançando, a assistência cantava em delírio ao som de alegre e
cadenciada música: Sam-bá !!! Sam-bá !!!.
(Mariza Lira – Brasil Sonoro)
Parabéns bela publicação, belo recorte no tempo e no templo da Musica do Brasil!
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