Rumo ao Porto Bate Pé
Ao canto e Afoxé : Ana Maria
Ao Canto e Violão : Matias Moreno
Autor e Compositor : Matias Moreno
Lins Henrique : Sax / Clarineta
Franklim : Violão solo
Mateus Costa : Violino
Emiliano : Percussão
Josias Filho : Teclados e Percussão
Participação : Ladainha da Santa Rosa/ *06
Chefe Carimã/ *07
Ivan jr e Victória/ *12
Estudios: Ingá
"Sob o olhar do colonizador os gestos e os ritmos dos tupis que dançam e cantam já não significam movimentos próprios de fiéis cumprindo sua ação coletiva e sacral(que é o sentido do termo liturgia),..." ( Dialética da Colonização / Alfredo Bosi. — São Paulo, 1992,). Aos poucos vamos nos acostumando com os registros do Brasil Colônia e com a sonoridade que acompanha a Mala do Folclore. Alguns viés da história corrobora com nossa particularidade e projeção sonora, e é nesse contexto que apresentamos os ritmos Canção- Caipira, Toada e Modinha.
Canção-Caipira
Canção-Caipira - Cornélio
Pires foi o criador da música sertaneja, mediante a adaptação da música caipira
ao formato fonográfico e à natureza do espetáculo circense, já que a música
caipira é originalmente música litúrgica do catolicismo popular, presente nas
folias do Divino, no cateretê e na catira (dança ritual indígena, durante muito
tempo vedada às mulheres, catolicizada no século XVI pelos padres jesuítas), no
cururu (dança indígena que os missionários transformaram na dança de Santa
Cruz, ainda hoje dançada no terreiro da igreja da Aldeia de Carapicuíba, em São Paulo , por
descendentes dos antigos índios aldeados, nos primeiros dias de maio, na Festa
da Santa Cruz, a mais caipira das festas rurais de São Paulo). (Wikipédia)
Toada – O cangaceiro Bôca Rasgada, a quem perguntei se cantava a cantiga oficial de
Lampião, É lamp, é lamp, é lamp, respondeu: - me lembro só da Toada ! É assunto
para ser fixado pelos musicólogos.
(Luis da Câmara Cascudo,
DICIONARIO DO FOLCLORE BRASILEIRO, pag.616, Rio de Janeiro – 1954)
“Pregador dos que tomam as
palavras das escrituras pela Toada, e não no verdadeiro sentido”
(Padre Antonio Viera)
Modinha –
É uma canção brasileira, de gênero tradicional, quase sempre amorosa.(...).”Com
um descuido infantil, elas se insinuam no coração antes que êle tenha tempo de
armar-se contra a sua enervante influência: imaginamos estar ingerindo leite, e
estamos admitindo o veneno da volúpia no mais intimo recesso da nossa existência”.
Versos como os de Domingos Caldas Barbosa:
Eu tenho uma Nhanházinha
De
quem sou sempre moleque;
Ele
vê-me estar ardendo
E não me abana c’o leque.
Exemplificam êsse clima
erótico das velhas Modinhas, que a melodia dengosa, vagamente sentimental, ainda
mais acentuada.(...).
”Um estudo exaustivo da Modinha, histórico e estilista foi
feito por Mario de Andrade, no prefácio e nas notas da coletânea que publicou
sob o titulo de MODINHAS IMPERIAS. Como coletânea, além dessa, há um precioso
álbum, editada á guisa do suplemento da monumental REISE IN BRASILIEN, de Spix
e Martius, e intitulado BRASILIANISCHE VOLKSLIEDER UND INDIANISCHE MELODIEN (seus
exemplares são extremamente raros).
Coleções importantes de peças sôltas
encontra-se na Biblioteca da Escola Nacional de Música da Universidade do
Brasil e em poder de alguns particulares; os ANAIS DO PRIMEIRO CONGRESSO DA
LINGUA NACIONAL CANTADA (S. Paulo, 1938) publicam catálogos que figuram na
exposição de documentos musicais realizadas por ocasião do aludido congresso.(L.H.)
Luis Heitor Correia de Azevedo.(Rio de Janeiro)
(Luis da Câmara Cascudo,
DICIONARIO DO FOLCLORE BRASILEIRO, pags. 403-405, Rio de Janeiro – l954)
Arrumando a Mala nesse momento, vamos nos despedindo. Aqui estamos preparando o nosso embarque em direção ao Porto Bate Pé. Fiquem com agente em nosso endereço sonoro:http://www.youtube.com/watch?v=oFYmRuPQYNA&feature=youtu.be .
Nenhum comentário:
Postar um comentário