Vaqueiro Misterioso – Em todas as
regiões brasileiras de pastorícias, antigo Nordeste, Mato Grosso, Goiás, Minas
Gerais, Bahia, há a tradição de um vaqueiro misterioso, sabedor de segredos
infalíveis, mais destro, mais hábil, mais afoito, melhor cavaleiro, que todos
os outros reunidos.
Usa vários nomes. Ninguém sabe onde
êle mora, nem a terra em que nasceu. Aparece nas horas de vaquejada ou “apanha”
de gado novo, “ferra” ou “batida” para campear.
Vence a todos os companheiros,
Recebe o pagamento. Desaparece para surgir, vinte, cinquenta léguas adiante,
noutra fazenda repetindo as façanhas julgadas sobrenaturais.
Monta um cavalo velho ou uma égua aparentemente imprestável e cansada. Mal vestido, humilde, sofrendo “remoque” dos vaqueiros e campeadores, termina
sendo o primeiro, o mestre supremo, aclamado como um herói, desejado pelas
mulheres, convidado para os melhores lugares pelo fazendeiro.
Recusa todas as seduções e remergulha no mistério. aparecendo numa
fazenda, o vaqueiro desconhecido cerca e encaminha para o curral, êle sozinho,
quase toda a gadaria e em pouquíssimas horas.
Galopa léguas e léguas em minutos. Imobiliza touros possantes com um
gesto ou uma palavra.
Seu cavalo é um
relâmpago. No Nordeste, nas vaquejadas, corre sempre para derrubar e nenhum
novilho, nenhum garrote, foge á irresistível “mucica” que o sacode, três vezes
de patas para o ar, no chão, entre palmas.
Correndo de “esteira” não há boi-marruá, novilhote reboleiro, ou
vaca-velhaca que “espirre” para o mato, “ganhando o fechado”. No copo, garfo e
alegria é sem rival.
(Luís da Câmara Cascudo, GEOGRAFIA DOS MITOS BRASILEIROS,
“Vaqueiro Misterioso”, 411 – 415, ed. José Olympio, Rio de Janeiro, 1947).
CONGRESSO DE FOLCLORE
- O primeiro Congresso Brasileiro de Folclore. Realizou-se no Rio de Janeiro de
22 a 31 de Agôsto de 1951. Sob a Presidência do Sr. Renato Almeida, Secretario
Geral da Comissão Nacional de Folclore, convocado pelo Instituto Brasileiro de
Educação, Ciência e Cultura (IBECC), comissão da UNESCO para o Brasil.
Coube a
iniciativa da convocação à Comissão Baiana de Folclore, por proposta do Sr.
José Calasans Brandão da Silva. Dez grupos de trabalho examinavam os estudos
enviados:
Coordenação, Nomenclatura e Classificação, Pesquisa e Registro,
Divulgação e Intercâmbio, Literatura Popular, Crendices e Superstições, Artes Populares, Música Popular, Demonstrações Folclóricas, Folclore e Educação,
Folclore e Economia, Redação Final.
O
Congresso foi instalado pelo Ministro Das Relações Exteriores, João Neves da
Fontoura e encerrado pelo Ministro da Educação e Saúde, Simões Filho.
Representaram-se a American Folklore Society, Centro de Estudos Antropológicos
do Paraguai, Associación Folklórica de Tucumán, Argentina, Instituto Etnológico
Nacional da Colômbia e um delegado de Portugal, único convidado oficialmente,
Prof. Jorge Dias.
O Congresso votou a CARTA DO FOLCLORE BRASILEIRO além de recomendações
dos assuntos vitais da disciplina. Houve um programa variado e Demonstrações Folclóricas.
Foram apresentadas ao Congresso cento e setenta e cinco Teses. As conclusões doutrinarias aprovadas pelo
Congresso em sua CARTA DO FOLCLORE BRASILEIRO foram essencialmente as
seguintes:
I) O
primeiro Congresso Brasileiro de Folclore reconhece o estudo do Folclore como
integrante das Ciências Antropológicas e Culturais, condena o preconceito de só
considerar folclórico o fato espiritual e aconselha o estudo da vida popular em
toda sua plenitude, quer no aspecto material, quer no aspecto espiritual.
II)
Constituem o fato folclórico as maneiras de pensar, sentir e agir de um povo,
preservadas pela tradição popular e pela imitação, e que não sejam diretamente
influenciadas pelos círculos eruditos e instituições que se dedicam ou á
renovação e conservação do patrimônio cientifico e artístico humano ou á
fixação de uma orientação religiosa e filosófica.
III) São
também reconhecidas como idôneas as observações levadas a efeito sobre a
realidade folclórica, sem o fundamento tradicional, bastando que sejam
respeitadas as características do fato de aceitação coletiva, anônima ou não e
essencialmente popular.
IV) Em face
da natureza cultural das pesquisas folclóricas, exigindo que os fatos culturais
sejam analisados mediante métodos próprios aconselha-se, de preferência, o
emprego dos métodos históricos e culturalistas no exame e análise do Folclore.
As Teses apresentadas no congresso foram:
Adão Carrazzoni: Trovadores do Rio Grande do Sul;
Adígena Castelo Branco: Danças Alagoanas do Ciclo do Natal;
Agenor Lopes de Oliveira: O Cordão e os Capoeiras;
Aires da Matta Machado Filho: A Festa do Divino e os
Caboclinhos em Diamantina, Minas Gerais e Folclore e Educação;
Aldo Obino: Em Torno da Colheita Folclórica da Música sul- rio-
grandense da Região Serrana, Procedida no Verão de 1946;
Alexandre Lopes Bittencourt: A Feira de Caxixi;
Alfredo Povina: La Sociologia del Folkclore;
Alonso Aníbal da Fonseca: As Congadas Atuais, caso de sincretismo
total;
Aloisio de Almeida: Contos Populares Colhidos no Sul de São
Paulo;
Angélica Resende G. de Paiva: Lenda de Pirapora – Dança de
São Gonçalo – Dança do Carneiro – Cantiga de Reis (variante) Pirapora, Minas
Gerais;
Antonio Monteiro: A Presença de Olo-Rún no Culto Afro-Baiano;
Antonio Joaquim de Andrade e Almeida: Fotografias do Museu do
Ouro, Sabará, Minas Gerais;
Antonio Osmar Gomes: Tradições do Baixo São Francisco:
Arlindo de Souza: Estudos de Etnografia Portuguêsa;
Arnaldo Tavares: Folclore Médico Rural – Crendices Populares
Sobre a Bouba;
Bento Aguedo Vieira: Contribuição ás Pesquisas Sobre a Folia
do Espirito Santo em Santa Catarina:
Bruno Meneses: A Evolução do Boi-Bumbá:
Cacilda Borges Barbosa: Estudos Brasileiros para Canto;
Carlos A Miller: Poesia Popular(Trabalho
Póstumo com Introdução e nota de Walter Spalding;
Clovis Melo: O Folclore como Fator
de desenvolvimento da Literatura Brasileira;
Conceição Borges Ribeiro: Alguns
Aspectos do Culto a Nossa Senhora Aparecida;
Dante de Laytano: Folclore no Rio
Grande do Sul (Tradições do Ciclo Agro-Pastoril);
Darcy Azambuja: Crendices e Superstições
da População Rural Sul-Rio-Grandense;
David Carneiro: Tropeiros do Planalto
e coisas do seu uso;
Déa Souza: Instrumentos Musicais Ameríndios;
Domingos Vieira Filho: Folclore no
Maranhão;
Emmanuel Djalma de Vicenzi: Arte
Popular;
Ênio de Freitas e Castro: As
Cavalhadas de Vacaria;
Ernesto Cruz: Festas Populares do
Pará – Costumes e Tradições e Aves Lendárias da Amazônia;
Esther Pedreira: Folclore Musicado
da Bahia;
Evanira Mendes: Dorme – Nenês;
Fausto Teixeira: A Flora na Quadra
Popular Mineira:
Florival Seraine: Estudos de
Lexicografia e Semântica Cearenses e Estudos Folclóricos e Etnográficos
Cearenses;
Frank Goldman: Comunicação sobre
alguns aspectos do Folclore Norte-Americano no Brasil;
Frederico Lane: Notas sobre As
Rabecas do Ribeirão Fundo;
Fulgêncio Pinto: Natal no Maranhão;
Gastão Justa: Notas sôbre o
Folclore;
George Colman: Os Mistérios das
Selva;
Levi Getúlio Cesar: Os Donos de
Algumas de Nossas Estórias;
Guilherme Santos Neves: “E”
Paragógico, o Alardo, Ticumbi, Poesia Popular das Rimas das Quadras Sôltas e
Representações Gráfica da Linguagem Popular;
Gustavo Barroso: Origem do Jaraguá,
a Guerra do Paraná, Trovadores e Cantadores, O Folclore das Guerras do Sul e o
Padre Cicero e o Folclore;
Henrique Fontes: O Pão por Deus;
Henriqueta Rosa Fernandes Braga: O
Cancioneiro Folclórico Infantil como Fator de Educação;
Hermógenes Lima Fonseca: Tentativa
de Sistematização;
Hildegardes Cantolino Viana:
Contribuição para o estudo da Cozinha Bahiana;
Isabel Vieira: Folia de Reis em
Guaxupé (Sul de Minas);
Ivan Pedro de Martins:
Sistematização do Estudo Folclórico;
João Batista Conti: Atibaia
Folclórica, Influencia Ameríndia na Música Folclórica do Nordeste;
João Batista Xavier: Festa de São
Cosme no Arraial;
João Dornas Filho: Trovas
Populares, A Sucuri e o Lendário Popular e Seitas e Crendices Populares do
Brasil;
João dos Santos Areão: O Cigarro de
Palha;
João Ribas Costa: Canoeiros do Rio
Santa Maria;
Joaquim Ribeiro e Wilson W.
Rodrigues: Romanceiro Tradicional do Brasil no Século XIX;
José Albertino Rodrigues:
Denominações Extra-Oficiais da Cidade de São Paulo;
José Aluísio Villela: O Côco de
Alagoas;
José Calasans Brandão da Silva:
Aspectos Folclóricos da Cachaça;
José Coutinho de Oliveira: Traba –
Lenguas e Trocadilho, Contribuição do Estudo da Poesia Popular e Orações e
Ensalmos;
José Loureiro Fernandes: A Congada
da Lapa – Notas para a Festa de São
Benedito;
José Siqueira: Sistema Trimodal
Brasileiro;
Lauro Palhano: Burundangas;
Leon Clerot: Três Lendas do Livro
Inédito, A Botânica no Folclore do Brasil;
Hal de Moura: Estudo da Linguagem
Popular;
Lizette T. R. Nogueira: O Ensino do
Folclore no Brasil;
Lucy Teixeira: Rodas Infantis;
Luís Carlos de Moraes: O Uso do
Couro no Passado Sul-Rio-Grandense;
Luís da Câmara Cascudo: Os Mitos Amazônicos
da Tartaruga e o Poldrinho Sertanejo e os Filhos do Vizir do Egito;
Luís Gomes G. de Freitas: Arreios
Gaúchos;
Luís R. de Almeida: Achegas
Folclóricas Sôbre a Música Popular;
Maria de Lurdes Borges Ribeiro:
Calendário Folclórico de 13 Cidades do Norte do Estado de São Paulo, Festa de
São Benedito de Aparecida e Chico Santeiro, um Artista de Aparecida;
Maria Pavão Von Bassewitz: Mitos e
Lendas, Crendices e Superstições na Medicina Popular do Brasil Austral;
Maria Silvia Pinto: Influencia do
Folclore na Música Erudita;
Mariza Lira: Afinidades do Folclore
Italiano e do Folclore Paulista;
Moacir M. F. Silva: Provérbios
Meteoro-agrícolas em Língua Portuguêsa, Fazer Chuva e Fazer a Chuva, A Mãe do
Ouro, Alguns Nomes de Chuva e Ventos e outros têrmos de Weather Lore no Brasil
e a Geografia e o Folclore;
Nicanor Miranda: As Cavalhadas de
Atibaia;
Nunes Pereira: Sahiré e Marabaixo;
Odorico Pires Pinto: A Tatuagem
como expressão Folclórica;
O. Ismaelino de Castro, M.
Cavalcanti Proença e José Ramos: O Folclore e o Ensino de Português no Curso Secundário;
Oracy Nogueira: Introdução a
Metodologia da Pesquisa Social;
Osorio Nunes: O Folclore aplicado
ao Turismo;
Oswaldo R. Cabral: Os Calungas de
Barro Cozido, Antigos Folguedos Infantis de Santa Catarina e a Necessidade do
Aparelhamento das Comissões Estaduais de Folclore;
Otavio Nunes: Arraias;
Othelo Rosa: Um Enigma do Folclore
Gaúcho;
Othon Xavier de Brito: Lendas
Carajás;
Paulo Jatobá: Benditos na Bahia;
Patrício Guerra: Notas Folclóricas;
Plinio de Almeida: Folclore
Canavieiro do Santo Amaro, Recôncavo da Bahia e Dendro-demografia;
Pórcia G. Alves: Canções de Roda;
Raymundo de Souza Brito: Festa do
Alardo em Cairu, Bahia;
Renato José Costa Pacheco: Advinhas
(Classificação e Análise T-II-8) e o Jogo do Bicho e a Musa;
Rossini Tavares de Lima: Fórmulas
para terminar estórias, quadro comparativo de alguns fatos folclóricos
coreográficos musicais no presente e no passado de 87 cidades paulistas, O
Erudito e o popularesco na Música Folclórica; Dança de Velhos, Notas sobre o
Romance de Antoninho e Recomendações de Almas, uma tradição que não
desapareceu;
Saul Martins: Folclore das Caçadas;
Silvio Júlio: Linguagem Popular dos
Gaúchos, Querência;
Silvio Salema Garção Ribeiro:
Canjerê – Macumba Brasileira – Fetichismo e o Racismo e a Música;
Théo Brandão: Os Maracatus de
Alagoas, Romances do ciclo do gado em Alagoas, Cheganças e Fandangos de Alagoas
e o Auto dos Cabocolinhos;
Urbano V. G. Salles: Pescadores de
Nossa Terra;
Verissimo de Melo: Estórias de Caboclo,
“Wellerism”, Dialetos Infantis, Maneiras de Dizer, Quem Dinheiro Tiver,
Quadrinhas Populares, Amigo da Onça, Gíria de Futebol, Há quatro coisas no
Mundo, e Silva de Comparações:
Vitor Peluso Junior: Geografia e
Folclore;
Walter F. Plazza: A Cerâmica
Popular Catarinense, Fandangos e Ratoeiras e o Lobisomem;
Walter Spalding: Superstições de
Sexta-Feira Santa e Festas de Natal, Ano Novo e Santos Reis;
Wanda K. Vianna Monte: Cantos de
Trabalho e Sinfonia Cabocla;
Yvonne Jean: A Necessidade de
Incentivo aos Trabalhadores Artesanais;
Frederico Lane, Jamile Japur e
Rossine Tavares de Lima: Notas sobre o atual Batuque ou Tambu no estado de São
Paulo;
Elsa Dellior Gomes: Algumas notas
sobre a influência francesa nas rodas Infantis;
Afonso Dias: O Batuque em Tietê;
Rossini Tavares de Lima: Os
Caiapós, dança de inspiração ameríndia;
Rossini Tavares de Lima e Jamile Japur:
Fórmulas Referentes a vender fiado;
Francisco Manoel Brandão: O
Folclore e as tradições a serviço da Propaganda, do Turismo e da Educação;
Com. Fluminense de Folclore:
Folclore Fluminense – Melodias Populares e Folclore Fluminense - Lendas e
Tradições;
Maria Dellia Millan de Palavecino:
El Nandutti en el Litoral Argentino;
José Siqueira: A puxada de Xaréu na
praia do Chega-Negra e os Cantos de Trabalho, Samba de Corrido, Samba de Chula,
O Côco Praieiro e suas características e A Musga do Quilombo;
Ramón Cezar Bejerano: Corridas de
Toro em Yaguaron;
Adolfo Acosta Meugarejo: Fiestas
Populares en el mercado dos Bocas;
Juan A. Segovia: Los últimos
Payaguá;
Léon Cadogan: La Rua de S. Juan;
Paulo de Carvalho Neto: Folclore
Paraguayo – Brasileño (La creencia y el saber popular sobre la reprodución
humana);
José Bezerra Gomes: O Brinquedo de
João Redondo.
Luís da Câmara Cascudo: DICIONÁRIO
DO FOLCLORE BRASILEIRO, págs.: 194 a 196, Rio de Janeiro – 1954.
Brincadeira de Criança. "Edesio Esteves"
Brincadeira de Criança."Ricardo Ferrari"
Ciranda de Roda. "Rosangela Borges"
- SALÃO DE AUDIÇÃO-
A Cobra da Àgua. (Bendito-Caboclo)
Àlbum: Rua da Festa
Obrigado... Amigos!!! por esse agradavel "Encontro".
“Sua fama correu por todo o Brasil. Personagens
ilustres presas no Forte de São Marcelo ou Forte do Mar como também era chamado
de Fortaleza N.Sª. do Pópulo. Teve a sua origem em 4 de outubro de 1650 segundo
alguns documentos de reforma do Forte. Segue abaixo os nomes ilustres presos na
enxovia do Forte".
"Thomas Lindley – Preso em Porto Seguro por
contrabando de Pau-Brasil em 1802.“Thomas Lindley, chega preso em Salvador no
dia 26 de setembro de 1802, sendo recolhido dois dias depois com a sua esposa
para os calabouços inferiores do Forte do Mar”. Esse Thomas Lindley, foi autor
do livro: “Viagem ao Brasil” escrito em inglês em boa parte da obra ele narra o
período em que ficou preso na Bahia”.
“O Forte de São Marcelo ou Forte do Mar, que é de
forma circular, acha-se situado no meio do ancoradouro em bacia de areia, em
frente do Porto da cidade, e que é notável principalmente por nela ter
tremulado pela primeira vez na Bahia a Bandeira Nacional no memoriável dia 2 de
julho de 1822.” (Fonte do livro: “Centenário – 1500 à 1900” parte escrita pelo
general Fontoura Costallat, a propósito da organização militar, Exército e
Armada, Milícia Cívica e Fortificações.)
“Preso nesta Fortaleza de N.Sª do Pópulo, o
revolucionário, lendário Padre Roma “figura principal da revolução de
Pernambuco. Seu nome verdadeiro era Dr. José Inácio de Abreu e Lima. Foi
fuzilado na manhã de 2 de março de 1817, no Campo da Pólvora depois Campo dos
Mártires.”
“Também preso neste Forte, outro revolucionário gaúcho,
Bento Gonçalves, teve fuga espetacular: Ao fugir, molhou às pólvoras,
amordaçou e amarrou um vigilante e pulou para o mar, a noite, um barco pequeno
estava a sua espera.”Foi comentado na época que a fuga de Bento Gonçalves a
Maçonaria ajudou na fuga".
“Vários estudantes relapsos, vindo dos
Colégios dos Jesuítas e de outros estabelecimentos tradicionais da Bahia,
mandavam irem presos por longos dias no Forte do Mar.”
“O maior de todos os revolucionários do Brasil,
também foi preso na masmorra do Forte, seu nome era quase uma lenda viva:
Cypriano José Barata de Almeida, nasceu em Salvador, no dia 26 de setembro de
1762 e faleceu em 1º de junho de 1838 no Rio Grande do Norte. ( foi preso
várias vezes como conspirador, tendo sido um dos tenazes propagandista da
Revolução de 7 de abril de 1798 – refere-se a Revolução dos Alfaiates.” ( Fonte
do livro: “ A Margem da História da Bahia” – autor: Francisco Borges de Barros
– Diretor do Museu do Estado (na época da publicação do livro na Bahia em
1934).
“O Forte do Mar aderiu a Sabinada desde o
inicio, e foi a derradeira posição dos revoltosos que a tropa Imperial ocupou
na manhã de 16 de março de 1838”.
"Um dos chefes da Sabina, o mais importante Dr.
Sabino Vieira, também ficou preso neste Forte, somente pouco
tempo. Sendo transferido para a fragata Príncipe Imperial, prisão marítima".
“Em fins do século XVIII, conforme notícias de
Vilhena, o Forte serviu de prisão dos estudantes relapsos e indisciplinados.
Considerado o Forte a mais segura da cidade.”
"Preso neste Forte o Brigadeiro Carlos César
Burlamaqui, governador de Sergipe, deposto pela Junta Governista da Baía, a
qual pretendia reduzir aquela Província a subalternidade da Comarca em 1821".
"Preso o Capitão Poncio e um Padre Olavo, em
setembro de 1823 por andarem espalhando panfletos “doutrinas perversas e mui
perigosas”. disse: Aciolli, Amaral, II pp.95/96).
"Preso por ordem do
comandante do exército pacificador, coronel Joaquim José de Lima e Silva, o
major João José da Cunha Fidué, que comandava a resistência portuguesa contra a
nossa emancipação política do Piauí e no Maranhão. Sendo capitulado em Caxias
do Sul em 1824.”
“Preso neste Fortaleza, o administrador da
“Imprensa Nacional, Francisco José CorteImperial por crime de
injúrias impressas a mando do brigadeiro Gordilho de Barbuda.. Foi também
prisioneiro da bastida o coronel Antonio de Sousa Lima. Heróidefensor
de Itaparica na guerra de Independência.”
“Preso no período de 1832 a 1833 o célebre
agitador das massas, o “homem de todas as revoluções” Cypriano José Barata de
Almeida, o famoso “Baratinha” como lhe era chamado. Foi hóspede forçado do
propugnáculo.”
“Preso em dois anos, o famoso general da “Farroupilha” Bento Gonçalves da Silva, cuja fuga sensacional está assinalada nas páginas
da História Nacional.”
“Preso num dos cárceres do Forte, um famoso
desordeiro e valentão de colarinho e gravata, João José Alves. Individuo da
laia daqueles que outrora o povinho denominava “branco estourado”. Por ordem do
chefe de polícia da Província e futuro barão de São Lourenço, Francisco
Gonçalves Martins, em 1856.”
“Preso, já no fim do século, em 1890 o Brigadeiro
Barão de Sergi, réu de crime comum.”
“A História do Forte do Mar registra três
casos de prisões coletivas. A primeira dos implicados na malograda Federação do
Guanais. A segunda da Sabinada com cerca de trezentos dos seus partidários. A
terceira, foi dos maiores culpados da Insurreição dos Malês, em janeiro de
1835.”
“Foi preso o inglês Tomás Lindley, por
contrabando de pau-brasil em Porto Seguro, estava recolhido ao Forte, em 1803,
mas ficou poucos dias, transferido para o Forte do Barbalho e de lá, por ter
muitas regalias, fugiu em um dos seus passeios, indo para a Espanha e de lá
para a Inglaterra. Em seu relato, no livro de suas aventuras e impressos;
“Narrativas de uma viagem ao Brasil”, descreve o interior do Forte, com
minúcias. Já naquela época chamavam o Forte de São Marcelo ou Forte de Nossa
Senhora Del Pópulo. Escreveram os cronista da época que, no caso de Tomás
Lindley e BentoGonçalves, “ que suas fugas tinham origens de fatos, na
Maçonaria” outros não afirmam mas, não descartam a corrupção.”
"Fortaleza de São Paulo da Gamboa. Preso
neste Forte o padre Roma, transferido do Forte de São Marcelo. Emissário dos
revolucionários pernambucanos em 1817 e julgado, esquartejado e morto nesta
cidade.”
(Fonte do livro: “Fortificações da Baía” – Autor:
João da Silva Campos)
" A Fortaleza Nossa Senhora do Pópulo ou São
Marcelo, vulgarmente conhecida como Forte do Mar, teve sua origem na Carta
Régis de 4 de outubro de 1650, determinando “ quando convinha fazer-se um Forte
no baixo surgidouro dessa Bahia”. Foi construído pelo Engº francês Brigadeiro
Jean Massé com início em1714.
"A idéia de sua construção é do governador Conde de
Castelo Melhor, que iniciou logo a obra, sob risco do engenheiro Francês Pedro
Gorin. Foi continuado pelo Conde de Atouguia e pelos seus sucessores, parando a
obra inúmeras vezes por falta de meios. Em fins do século 17 estava a obra
concluída.”
(Fonte fornecedora: Conforme documento de Luiz
Meneses Monteiro da Costa, Certidão de Nascimento da Fortaleza de Nossa Senhora
Del Pópulo, que retifica nessa documentação, em Tese, tudo quanto se vinha
repetindo sobre o célebre Forte.)
Note Bem : As declarações acima foram
extraídas do livro: “Reise in Brasilieu” – Autores: Von Martius e Von Spix –
Traduzido por Pirajá da Silva e publicado em 1916)
Forte de São Marcelo. "Lady Maria Callcott"
O Porto. "Carybé"
- Salão de Audição -
O Forte do Mar (Batuque). Álbum: Boa Viagem
Ate Breve... Amigos !!! Muito Obrigado por Vossa Agradável Companhia.