- Maré Alta -
Samba Sinhá
Samba querê
Vem capoeira
Pro maculêlê.
As virgens do orfanato
De Nossa Senhora da Encarnação
As virgens lisboetas
Do Terceiro Dom João.
Parecia a pimenta
Que a Maria botou
No “ebó” do João.
Ti-Ajôu contou
Tocando agôgô
No rio subaé
Besouro acordou.
Na bica da mata
A água é de jasmim
A moça do mangue
Lava o seu siri.
O Coronel
É meu padrinho
E do povo... todo de lá.
Tem tocata e pregão
Na lavagem da aldeia
Gente bamba e moça fina
Filha da Padroeira.
É hora da cama
Chora... a criança
A palha balança
É o amanhecer.
Não é, do Imperador
Não é, do Vaqueiro
Não é, do Tenente
Não ficou na boiada
Desgarrou da invernada.
Bater o bembé
No saveiro que chega
Do mangue do mar.
Bem-te-vi, bem-te-vi
Bem-te-vi...
Cantava assim
O “grilo” pula na mata
Fazendo cri... cri.
A meia-noite
Quando a lua
Rebrilha todo mar...
A moreia
Sai da lôca
Do fundo do mar.
Matias Moreno. MARÉ ALTA. Álbum: Maré Alta. “Ana Maria &
Matias Moreno”. (Textos/Fragmentos). Bahia – 1990 e 2000.
- PROGRAMA -
Canjerê. (Samba de Coco).
A Nau Lisboeta. (Romance).
Ladeira da Cadeia. (Canção-Ioruba).
Maculêlê. (Samba de Maculêlê).
Pé de Bode. (Arrasta-Pé).
O Coronel. (Xácara).
O Pregão. (Samba-Bahiano).
A Prece. (Toada).
O Boi Valente. (Baião).
A Mãe da Maré. (Lundú).
O Grilo. (Ciranda de Roda).
Maré Alta.(Canção-Praieira).
- SALÃO DE AUDIÇÃO -