- As
Pulseiras -
A negra
Do umbu...
Do vatapá...
E do caruru.
A negra
Da muamba...
É, bamba...
No caxambu.
A negra
Do batuque...
Da macumba...
E do canjerê.
A negra
Do pano da costa...
Da saia rodada...
E do balangandã.
A negra
Dona da quitanda
Tem no tabuleiro
Cocada e acaçá.
A negra
Samba no jongo
No frevo-bahiano
E no batuque-canção.
Matias Moreno. AS PULSEIRAS. Álbum: Lagoa da Onça. “Ana
Maria & Matias Moreno”. Bahia – 2022.
- PROGRAMA -
Batuque Canção – Dança com sapateado e palmas, ao som de
cantigas acompanhadas só de tambor, quando é de negros, ou também de viola e
pandeiro, quando entra gente mais asseadas, dizia Macedo Soares numa definição
que se vulgarizou. Os instrumentos e percussão, de bater, membranofones, deram
batismo à dança que se originou no continente africano, especialmente pela
umbigada, batida de pé ou vênia para convidar o substituto do dançador solista.
Batuque é denominação genérica por toda dança
de negros na África. Nome dado pelo português. Com o nome especifico de batuque
não há coreografia típica. Será propriamente a dança em geral, o ajuntamento
para baile.
Uma lei de D.
Manuel proibia o batuque em Portugal quinhentista. O Major A. C. P. Gamito, que
visitou a África Austral em 1831, cita os bailes populares. Cateco, Gondo,
Pembera, “que só a pratica sabe distinguir”, mas já os chama a todos batuques:
“ Êstes batuques duram até outubro. ”
Luís da Câmara Cascudo. DICIONÁRIO DO FOLCLORE BRASILEIRO. Págs.
nº 94 e nº 95. Rio de Janeiro – 1954.
- SALÃO DE AUDIÇÃO -