O século de descobertas Renascentistas e atitudes Romanescas no modo de contar a nossa história. Assim é nosso cotidiano, assim vamos redescobrindo nossas Folias e Ritmias, em nossas viagens e em cada paragem, as quais, do Sertão ao Litoral alimentam o nosso imaginário. Apresenta-se a nós o Porto Maré Alta e os ritmos Samba de Coco, Romance, Canção - Iorubá.
Carybé |
Samba
de Coco – “José Aloísio Vilela, de Viçosa, Alagoas, reuniu informações
preciosas do seu o CÔCO DE ALAGOAS (memória enviada em l951 ao Congresso
Brasileiro de Folclore e fonte dessas noticias), além dos dados de observação
direta da dança e fornecidos pelo grande pesquisador alagoano, sobre a origem.
Vilela crê ter sido dos negros de Palmares, ocupados em quebrar o côco, horas e
horas, e decorrentemente uma cantiga de trabalho, ritmada pela cadência das
pedras, partindo os frutos das palmeiras pindobas. Esses primeiros cantos
deixaram rasto. Em os Côcos
soltos sem glosas:
Êh bango, banga êh !
Caxinguelê,
Come côco no
cocá (1)
A
frase quebra-côco ou vamos quebrar côco indicaria convite para a tarefa ou para
o canto que se tornou dança. Daí, deduzo, o Quebra-Côco contemporâneo não mais
refirir-se ao trabalho e únicamente ao baile. Os gritos de excitamento, quebra,
dirigir-se-iam inicialmente ao Côco e posteriormente ao baile. Demais existe o
nome que denuncia oficio, trabalho. Alagoas de extensos coqueirais magníficos,
reivindica com fundamento a prioridade do Côco dançado.
(Luis
da Câmara Cascudo, DICIONARIO DO FOLCLORE BRASILEIRO, pags. 188, Rio de Janeiro
– 1954)
Romance – São poemas em versos
octossílabos(pela versificação castelhana e setissílabos pela nossa) refundidos
e recriados nos séculos XV e XVI, com rimas assonantes nos pares e os impares
livres, vindos dos séculos X, XI, XII, como as canções de gesta, registando as
façanhas guerreiras de espanhóis e franceses. Foram poemas feitos para o canto
nas côrtes e saraus aristocráticos, e não a poesia democrática e vulgar, feita
para o povo. No século XVI, a recriação foi um processo de acomodação ao gênio
popular e muitos motivos surgiram, dentro dos metros e modelos passados,
versificados ao sabor do gosto popular, mas fieis aos tipos antigos. Passaram
as assonâncias e tonâncias ás rimas simples, e neste caráter o Romance teve
voga extraordinária, cantados e trazidos para o Brasil, como para toda a
America Espanhola, pela memória do colonizador.
Luis
da Câmara Cascudo, DICIONARIO DO FOLCLORE BRASILEIRO. Pags. 553, Rio de Janeiro
– l954)
Foto by Ana Maria |
Desta maneira a Mala do Folclore projeta a construção de uma rota em direção a Música Folclórica do Brasil. E como sempre agradecidos a vossa presença no Porto Maré Alta, e em nossa companhia. Até breve e traremos novidades de nossa gente!
Canção
– Ioruba - Música yoruba é o gênero de música tradicional dos povos yoruba.
Estes povos têm uma avançada tradição de percussão, com a característica
utilização dos tambores de tensão, em particular o dundun. Estes conjuntos são
compostos por vários tambores de tensão de diferentes tamanhos, juntamente com
um gudugudu. O líder de um conjunto dundun é iyalu, que utiliza o tambor
"para falar" imitando a tonalidade yoruba. A música yoruba foi
convertida no componente mais importante da música popular nigeriana moderna,
como resultado de suas precoces formas de influência européia, islâmicas e
brasileiras. Estas influências promoveram a importação de instrumentos de
metal, música escrita, percussão islâmica e de estilos trazidos pelos
comerciantes brasileiros. Na cidade mais povoada da Nigéria, Lagos, estas
tradições multiculturais uniram-se e converteram-se na raiz da música popular
nigeriana. Os estilos modernos tais como o fuji de Alhaji Sikiru Ayinde, o waka
de Salawa Abeni e o sakara de Yusuf Olatunji derivam da música tradicional
yoruba. Compositores de música clássica como Joshua Uzoigwe e Akin Euba
puseram-se em evidência no cenário musical por sua preferência pela
etnomusicologia e sua tendência de utilizar em suas obras elementos da música
yoruba.
(Fonte,
WIKIPÉDIA)
Obrigado as senhoras e senhores, a turma jovem que nos acompanha, aos companheiros de estrada e as pessoas simples e boa que nos recebe e nos acolhe sempre.
Até breve amigos encontre-nos em nosso endereço sonoro:
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