Nosso trabalho se expande, em profunda harmonia com a música do Brasil. Estamos nos preparando para a chegada do Maré Alta, Ritmos, Folias e Folguedos em parceria com toda a simplicidade e alegria do Povo Brasileiro. Aqui estamos nos despedindo do Porto Bate Pé e que generosamente nos deixa os ritmos Toada, Canção-Ijexá Baião ou Baiano.
Toada – (...) ”Musicalmente as Toadas
apresentam características muito variadas; todavia as Toadas do Centro e Sul se
irmanam pela melódica simples, quase sempre em movimento conjunto, por um ar
muito igual de melancolia dolente, que corre por quase todas elas e pelo
processo comum de entonação a duas vozes em terça.”
(Oneyda
Alvarenga, MUSICA POPULAR BRASILEIRA, pags. 275-276.)
Entre todas as simplicidades que regem a nossa vida, a natureza mais primitiva, nos fornece inspiração e sopra - nos lembranças melódicas que culminam em nossos ritmos...
Foto by Ana Maria |
Canção – Ijexá
Ijexá
é uma nação africana formada pelos escravos vindos de Ilesa na Nigéria,
concentrada nas religiões Batuque e Candomblé. Tendo sua base em orumila-ifá, e
seus métodos adivinhatorios dos odú
O Ijexá resiste atualmente como ritmo musical
presente nos Afoxés.
O
Ijexá, dentro do Candomblé é essencialmente um ritmo que se toca para Orixás,
Oxum , Osain, Ogum, Logum-edé, Exu, Oba, Oyá-Yansan e Oxalá.
Ritmo
suave mas de batida e cadência marcadas de grande beleza, no som e na dança. O
Ijexá é tocado exclusivamente com as mãos, os aquidavis ou baquetas não são
usados nesse toque, sempre acompanhado do Gã (agogô) para marcar o compasso. O
Afoxé Filhos de Gandhi da Bahia, é talvez o mais tenaz dos grupos culturais
brasileiros na preservação desse ritmo.
O
Afoxé Filhos de Gandhi basicamente só toca Ijexá e assim ele se mantém vivo.
Herança de África, viva aqui na Latinamérica
(Fonte,
WIKIPÉDIA).
Baião ou Baiano – “Dança sapateada, em que
os personagens davam castanholas do começo ao fim. Estes eram convidados da
seguinte maneira: sentados ou em pé, esperavam que o tocador se aproximasse,
requebrando-se, e lhes fizesse uma cortesia, que constava de um comprimento
aberto, no qual a viola continuava a tocar. O primeiro contemplado, após
tocador sentar-se, saía pelo salão, dando castanholas, e assim, sucessivamente,
vinham dançar muitos dos presentes”.
(Aluísio
Alves, ANGICOS, pags.331, Rio de Janeiro-1940).
Sempre agradecidos estamos descortinando nossas imagens Coloniais e Imperiais, como garimpeiros em terras virgens. Recolhemos cada preciosidade e lapidamos através de nossas canções. Daqui amigos, partimos para o Porto Maré Alta e como sempre vos convidando a fazer parte dessa viagem.
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