O sobrenatural na Música Folclórica como as lendas, os contos e as histórias de nosso povo, retrata-se em nossas canções. O Porto Maré Alta a cada audição, nos mostra a nossa ancestralidade dissolvida nos ritmos Lundu, Ciranda de Roda e Canção Praieira. Que fecham a Mala do Folclore.
Lundu – “Dança e canto de origem
africana, trazida pelos escravos bantos, especialmente de Angola, para o
Brasil. A Chula, o Tango brasileiro e o Fado muito devem ao Lundu. Era bailado
de par solto e uma sua representação sul-americana bem típica é a Samba-Cueca
do Peru, Chile e Argentina. No segundo quartel do século XIX o Lundu-Dança
decaiu cedendo quase completamente o seu lugar ao Lundu de Salão, meio
lânguido, meio cômico. A voga do Lundu-Canção, iniciada em fins do século XVIII
e acentuada no Primeiro Império, se deve em grande parte ao mulato Domingos
Caldas Barbosa. O Lundu foi a primeira forma de música negra que a sociedade
brasileira aceitou e, graças a ele, o negro deu á nossa música algumas
característica importantes, com a sistematização de sincopa e o emprego da
sétima abaixada. Para aceitar totalmente o Lundu, a sociedade Colonial
brasileira transformou-o em Canção, libertando-o de uma coreografia que
escandalizava e irritava as pretensões de brancura”.
(Oneida
Alvarenga, MUSICA POPULAR BRASILEIRA, pags. 128-129, São Paulo-l945)
Ao Canto e Afoxé : Ana Maria
Ao Canto e Violão : Matias Moreno
Autor e Compositor: Matias Moreno
Lins Henrique: Sax
Antônio da Silva: Berimbau
Niel do Bandolim:Bandolim
Danilo Santana: Trombone
Josias Jr.: Teclados
Mateus Costa: Violino
Ciranda de Roda -
Cantigas de Roda, Cirandas ou Brincadeiras
de Roda são brincadeiras infantis, onde tipicamente as crianças formam uma roda
de mãos dadas e cantam melodias folclóricas, podendo executar ou não
coreografias acerca da letra da música. São uma grande expressão folclórica, e
acredita-se que pode ter origem em músicas modificadas de um autor popular ou
nascido anonimamente na população. São melodias simples, tonais, com âmbito
geralmente de uma oitava e sem modulações. O compasso mais utilizado é o
binário, porém não raramente também o ternário e o quaternário. Entre as
cantigas de roda mais conhecidas estão Roda Pião, Escravos de Jó, Rosa Juvenil,
Sapo Cururu, O Cravo e a Rosa, Ciranda-Cirandinha e Atirei o Pau no Gato.
Em outras
palavras, Cantigas de Roda é um tipo de canção infantil popular relacionada às
brincadeiras de roda. Nesse sentido carregam uma melodia de ritmo limpo e
rápido, favorecendo a imediata assimilação. Estão incluídas nas tradições orais
em inúmeras culturas. No Brasil, fazem parte do folclore brasileiro, incorporando
elementos das culturas africana, européia (principalmente portuguesa e
espanhola) e indígena.
Na matriz
cultural brasileira têm uma característica interessante, que é a autoria
coletiva (ou anônima) pelo fato de serem passadas de geração à geração.
Atreladas ao ato de brincar, consistem em formar um grupo com várias crianças
(ou adultos), dar as mãos e cantar uma música com características próprias, com
melodia e ritmo equivalentes à cultura local, letras de fácil compreensão,
temas referentes à realidade da criança ou ao seu imáginário, e geralmente com
coreografias.
As cantigas hoje
conhecidas no Brasil têm origem européia, mais especificamente em Portugal e
Espanha. As cantigas de roda são de extrema importância para a cultura de um
país. Através delas dá-se a conhecer costumes, o cotidiano das pessoas, festas
típicas do local, comidas, brincadeiras, paisagem, crenças. Normalmente tem
origens antigas e muitas versões de suas letras, pois vão sendo passadas
oralmente pelas gerações.(WIKIPÉDIA)
Foto by Ana Maria |
Canção-Praieira –
“Todos os anos estava eu na praia de Itapuã junto aos pescadores, saindo para o
mar nas jangadas e saveiros, ouvindo as histórias de Iemanjá. Como as ouvia,
também nos mercados e feiras, no Porto da Lenha, na beira do cais. Os negros e mulatos
que têm suas vidas amarradas ao mar têm sido a minha mais permanente
inspiração. Não sei de drama mais poderoso que o das mulheres que esperam a
volta, sempre incerta, dos maridos que partem todas as manhãs para o mar no
bojo dos leves saveiros ou das milagrosas jangadas.”
(Dorival Caymmi, CANCIONEIRO DA BAHIA)
As caminhadas pelo Litoral, nos proporcionam grandes e belos encontros, pessoas visitantes de nossas terras que de alguma forma nos aproxima e nos leva para seus sítios. Agradecidos amigos! e como sempre na estrada, vamos adiante levando e elevando a Música Folclórica Brasileira.
Foto by Ana Maria |
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