Antes do registro alcançado por uma expedição portuguesa o território que hoje é chamado de Brasil era habitado por indígenas. Este é o primeiro contato para a nossa Nação. Berço de uma ancestraliade musical. Pois bem amigos, a Mala do Folclore se despede do Porto Fonte Nova navegando para o mar direto ao Porto Lua Cheia. Fica aqui nossas canções e poesias com os ritmos Marcha de Rancho, Cateretê e Cantiga de Roda.
Marcha de Rancho – “(...), esses Ranchos vão até a Lapinha, onde a
comissão dos festejos dá um ramo ao primeiro que chega. Todos eles cantam e
dançam nas casas por dinheiro. Suas danças consistem num Lundu sapateado, no
qual a figura principal entra em luta com o seu condutor que sempre o vence;
depois jogam sempre dançando e cantando, um lenço aos donos da casa que
restituem-no com dinheiro amarrado numa das pontas e saem cantando
dançando,batendo palmas, arrastando os pés, num charivari impossível de
descrever-se.”(...).
(Nina Rodrigues – Os Africanos
no Brasil, São Paulo, 1932, pags. 263-265).
“O Rancho de Cantores que nos
Açores saem cantando e pedindo para obras pias, durante Reis e Sebastianas (6 e
20 de janeiro)”.
(Teófilo Braga – O Povo Português
nos seus Costumes,Crenças e Tradições, IIo , pag. 258, Lisboa, 1885).
“Durante o Carnaval no Brasil,
no Rio de Janeiro preferencialmente, os Ranchos aparecem como grupos de
foliões, com instrumentos de corda e sopro, cantando em côro verso musicados e alusivos
ao grupo, a Marcha do Rancho ou mesmo os mais populares na ocasião, esses
Ranchos, que Renato Almeida estudou, passaram lentamente a Préstitos, com Reis
e Rainhas, Pajens, Bandeiras, Alegorias, com danças particulares para algumas
figuras componentes. Tiveram o nome de Cordões, mas últimamente o Rancho
prevaleceu”.
(Luis da Câmara Cascudo –
Dicionário do Folclore Brasileiro, pag.540, Rio de Janeiro – 1954).
Cateretê – Dança rural do sul do Brasil. Conhecida desde a época
colonial, em São Paulo ,
Minas e Rio de Janeiro. Couto de Magalhães informa tê-la incluído o Padre José
de Anchieta nas festas da Sta. Cruz, São Gonçalo, Espírito Santo, São João e
Nossa Senhora da Conceição, compondo verso no seu ritmo e solfa, dizendo-a
profundamente honesta. Podia ate ser dançada sem mulheres. E ainda a dançam
assim em certas paragens de Goiás, a Catira. Stradelli crê o Cateretê indígena.
Artur Ramos, africano. Ezequiel, citado por Teófilo Braga, deduziu-o como a
dança do Séc.XVI que se chamou Carretera em Portugal. A dança tem
alguns elementos fixos, apresentando variações na música e na coreografia. Duas
filas, uma diante da outra. Evolucionam, ao som de palmas e de bate-pés,
guiados pelos violeiros que dirigem o bailado. As figuras são diversas e há
tradições de bons dançadores. Especialmente nos tempos do sapateado
indispensável.
(Luis da câmara Cascudo –
Dicionário do Folclore Brasileiro, pag. 163, Rio de Janeiro – 1954).
(Renato Almeida – Historia da
Musica Brasileira, pags. 107 – 108).
Ana Maria & Matias Moreno ( acompanhados pelo Trio Folclórico Brasileiro ). |
Lua Cheia
Balança a maré
entrada para o Mar,
lembranças boas do Porto Fonte Nova.
Vem aí a Lua Cheia!.
Até breve amigos! Visitem nosso endereço eletrônico : http://www.youtube.com/watch?v=QSNJ-xQex8U&list=PLauw-H4ZP_KUnlfMIQgY0rvGlSXYkk3EX