Saudações aos amigos. Estamos acompanhados da Mala do Folclore, nessa jornada de projeções de nossas Folias e Ritmias. Estamos próximo do que vimos de tradicional, de referências, de atitudes de nosso povo brasileiro. Estamos certos que a nossa história está só começando, vamos construir este mapa juntos! E mais uma vez compartilhamos nossa felicidade com os ritmos Toada, Frevo-Canção e Sarambé.
Ficha Técnica:
Ana Maria : Canto e Afoxé
Matias Moreno : Canto e Violão
Matias Moreno : Autor e Compositor
Bidiu : Percussão e Ritmo
Breno Tsokas : Pandeiro e Ritmo
Ian Ferreira : Viola
Mateus Costa : Violino
Filipe Costa : Ato de Contrição
Robertinho Lago : Bandolim e Guitarra Bahiana
Pedro Patrocínio : Cavaquinho e Ritmo
Rui Iwersen : Gaita
Gravação : Pedro Patrocínio
Foto : Richard Mas
Capa : Mateus Costa
Ilustração : Raimundo S. Bida
TOADA - Os dois
tipos mais importantes da Canção Brasileira são a Modinha, que é urbana, e a
Toada, que é rural, esta última existe em todo o Brasil e reflete as
peculiaridades musicais de cada região. A Toada da chamada “zona caipira” dos
estados de São Paulo e Minas Gerais é uma das mais cativantes, devido a sua
peculiar nostalgia, terna e amorosa. Camargo Guarnieri, que nasceu em Tietê,
numa região onde sempre se cultivou a boa Música Sertaneja, parece que escreveu
com esse caráter (com ou sem o nome de Toada...)
A Toada
Sentimental, datada de 1982, é um excelente exemplo desse gênero, elevado aqui
pelo Compositor a um alto plano artístico.
(Osvaldo Lacerda, notas da contracapa do disco CAMARGO
GUARNIERI, Universo Tropical, 1985).
Foto by Ana Maria |
FREVO-CANÇÃO –
Passo e dança com que se dança o Frevo. O capoeira foi ancestral do passo. Em
Pernambuco do tempo em que o Frevo nasceu, dominava o capoeira, que sempre
gostou muito de acompanhar banda de musica, gingando na frente dela, com cacete
na mão. O “passista” de hoje é descendente direto dos cafajestes, não querendo
fazer outra coisa senão o passo. Este já se fazia, também nas caudas do clube.
(...) (Valdemar Valente).
FREVO-CANÇÃO –
“Entrei hontem no Frevo, fui na ondia com o pessoal – espanadifero – que
trastejou bonito pelas escuras e mal calçadas ruas da nossa Veneza americana.
Fiz parte do cordão e quando a fanfarra rompeu a marcha fogosa com todas as
variações do trombone e repinicados da caixa, entrei feioso no passo do
calungogê que foi um sucesso. (...) de volta do passeio, todo esbodegado,
espaforido, suarento e sentindo ainda o gostinho da bicada, ao virar a esquina
da “Lafayette” dei de cara com um bicho. – Olha o bicho... – Arreda negrada, lá
vae um urso... fiz um passo de quem vae e volta (...) foi um Freuvo medonho.”
(...)
(Osvaldo de Almeida, “COLUNA CARNAVAL”, Jornal Pequeno,
Recife, 12 de fevereiro de 1908).
FREVO-CANÇÃO-
Dança instrumental, marcha em tempo binário e andamento rapidíssimo. Assim o
ensaísta Mário de Andrade sumariza o frevo em seu Dicionário Musical
Brasileiro (Editora Itatiaia, reedição, 1989). Derivado da polca marcial,
inicialmente chamado "marcha nortista" ou "marcha
pernambucana", o frevo dos primórdios trazia capoeiristas à frente do
cortejo. Das gingas e rasteiras que eles usavam para abrir caminho teria
nascido o passo, que também lembra as czardas russas. Até as sombrinhas
coloridas seriam uma estilização das utilizadas inicialmente como armas de
defesa dos passistas. De instrumental, o gênero ganhou letra no Frevo-Canção e saiu
do âmbito pernambucano para tomar o país. Basta dizer que O Teu Cabelo Não
Nega, de 1932, considerada a composição que fixou o estilo da marchinha
carnavalesca carioca, é na verdade uma adaptação do compositor Lamartine Babo
do frevo Mulata, dos pernambucanos Irmãos Valença. A primeira gravação com o
nome do gênero foi o Frevo Pernambucano (Luperce Miranda/ Oswaldo Santiago)
lançada por Francisco Alves no final de 1930. Um ano depois, Vamo se Acabá, de
Nelson Ferreira pela Orquestra Guanabara recebia a classificação de Frevo. Dois
anos antes, ainda com o codinome de "marcha nortista", saía do forno
o pioneiro Não Puxa Maroca (Nelson Ferreira) pela orquestra Victor Brasileira
comandada por Pixinguinha.(...)
SARAMBÉ – Dança
do Catopê
(Jerúsia Arruda, “FESTAS DE AGOSTO”, Montes Claro – 2009).
SARAMBÉ – Ou
Sarambu, segundo Luciano Gallet, dança africana trazida pelos escravos para o
Brasil. Renato Almeida incluiu-a na classe dos Sambas. Minas Gerais e Bahia. O
mesmo que Sarambeque. ???
(Luis da Câmara Cascudo, Dicionário do Folclore Brasileiro,
pags. 556, Rio de Janeiro – 1954).
Até breve queridos amigos, fiquem conosco em nosso endereço :
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