Toada Caipira - A Toada se espalha mais ou menos por todo
Brasil. Musicalmente não tem caráter definitivo e inconfundível da “Moda
Caipira”. Talvez porque, abrangendo varias regiões, a “Toada” reflita as
peculiaridades musicais próprias de cada uma delas. Ou talvez porque, em vez de
nome de um tipo especial da Canção, a palavra “Toada” seja empregada mais no
seu sentido genérico corrente na língua (o mesmo de moda) ou com designação de
qualquer canto sem destinação imediata. De qualquer modo parece que a “Toada”
não tem características que irmanem tôdas as suas manifestações. O que se
poderá dizer para defini-la é apenas o seguinte: com raras exceções, seus
textos são curtos - amorosos, líricos, cômicos - e fogem à forma romanceada,
sendo formalmente de estrofe e refrão; musicalmente as “Toadas” do Centro Sul
se irmanam pela melódica simples.
Oneyda Alvarenga. MÚSICA POPULAR BRASILEIRA. Págs. 275-276.
Porto Alegre - 1950.
6º Área da Moda de Viola (Projetando-se de São Paulo, onde
confina com a Área do Samba, para o centro e o sul do país).
Batuque-Canção - Dança com sapateado e palmas, ao som de
cantigas acompanhadas só de tambor, quando é de negros, ou também de viola e
pandeiro, quando entra gente mais asseadas, dizia Macedo Soares numa definição
que se vulgarizou. Os instrumentos e percussão, de bater, membranofones, deram
batismo à dança que se originou no continente africano, especialmente pela
umbigada, batida de pé ou vênia para convidar o substituto do dançador solista.
Batuque é denominação
genérica por toda dança de negros na África. Nome dado pelo português. Com o
nome especifico de batuque não há coreografia típica. Será propriamente a dança
em geral, o ajuntamento para baile.
Uma lei de D. Manuel proibia o batuque em
Portugal quinhentista. O Major A. C. P. Gamito, que visitou a África Austral em
1831, cita os bailes populares. Cateco, Gondo, Pembera, “que só a pratica sabe
distinguir”, mas já os chama a todos batuques: “Êstes batuques duram até
outubro”.
Luís da Câmara Cascudo. DICIONÁRIO DO FOLCLORE BRASILEIRO.
Págs. nº 94 e nº 95. Rio de Janeiro – 1954.
5º Área do Samba (Principiando na zona agrícola da Bahia e
cobrindo os estados do sul até São Paulo, com núcleos isolados em outros pontos
de mais forte afluência negra, como Pernambuco).
Joaquim Ribeiro. FOLCLORE BRASILEIRO. 1914.
- SALÃO DE AUDIÇÃO -
As Pulseiras. (Batuque-Canção)
Álbum: Lagoa da Onça.
Foto: Conceição.
Obrigado !!! Amigos ... E siga-nos assistindo no Cine ABC (Música Folclórica Brasileira).
Marcha-Rancho - Êsses ranchos, que Renato Almeida estudou,
passaram lentamente a préstitos, com reis e rainhas, pajens, bandeiras,
alegorias, com danças particulares para algumas figuras componentes. Tiveram o
nome de cordões, mas ultimamente o rancho prevaleceu. Alguns ranchos tiveram
grande popularidade na Capital Federal como Flor de Abacate, Ameno Resedá,
Dois-de-Ouro, etc. O diminuitivo popular do rancho era o bloco, rancho pequeno,
não de agrupação fortuita de foliões, mas com solfas ensaiadas, estandarte e
mesmo, alguns, com intenções de critica social ou politica.
Luís da Câmara Cascudo. DICIONARIO DO FOLCLORE BRASILEIRO.
Pag. 540. Rio de Janeiro – 1954.
5º Área do Samba (Principiando na zona agrícola da Bahia e
cobrindo os estados do sul até São Paulo, com núcleos isolados em outros pontos
de mais forte afluência negra, como Pernambuco).
Samba-Chula - Uma dupla de cantadores canta a Chula e a
outra dupla e o coro das mulheres responde com o Relativo, sendo um verso menor
que “arremata” a Chula. Nessa hora, ninguém entra na roda para sambar,
esperando os homens terminar de cantar e começar a parte instrumental com solos
de viola e da percussão. A sambadeira agora samba com passos miudinhos,
“peneirando” e percorrendo a roda toda, até dar uma umbigada para outra
sambadeira, que espera até a próxima Chula cantada.
Katharina Döring. A CHULA NO SAMBA DO RECÔNCAVO. Notas da
contra-capa do CD e DVD. CANTADOR DE CHULA. Salvador – 2009.
5º Área do Samba (Principiando na zona agrícola da Bahia e
cobrindo os estados do sul até São Paulo, com núcleos isolados em outros pontos
de mais forte afluência negra, como Pernambuco).
Jongo - Seu Aniceto nasceu 24 anos depois da abolição da
escravatura. Fundador do Império Serrano, considerado um dos maiores
partideiros do Brasil, usa português castiço e numera suas páginas em
algarismos romanos.
O que Seu
Aniceto - hoje com 72 anos - conta, os pesquisadores confirmam numa
bibliografia muito pobre, mas com explicações, argumentos e até justificativas
cientificas. O Jongo desenvolveu-se no meio rural; nas fazendas, os escravos
cantavam, através de metáforas, geralmente avisando da aproximação do “Sinhô”.
Um fazia o solo e os outros respondiam.
Das manhas e
tarde nos cafezais e canaviais, o Jongo passou para as noites, nos terreiros.
Mas, para que isso fosse possível, os negros “mandigavam”, pediam ajuda a seus
mortos para que na Casa-Grande todos caíssem em sono profundo. Depois agradeciam,
cantando e dançando. Mas só ate o sol raiar, sem ninguém interromper.
João Batista Vargens. NOTAS MUSICAIS CARIOCAS. Valeria Fernandes.
“O Jongo no Rio de Ontem e Hoje”. Petrópolis 1986.
5º Área do Samba (Principiando na zona agrícola da Bahia e
cobrindo os estados do sul até São Paulo, com núcleos isolados em outros pontos
de mais forte afluência negra, como Pernambuco).
Joaquim Ribeiro. FOLCLORE BRASILEIRO. 1914.
- SALÃO DE AUDIÇÃO -
O Candongueiro. (Jongo)
Álbum: Lagoa da Onça.
Nos encontraremos na "sessão" do Cine ABC (Música Folclórica Brasileira).