quinta-feira, 15 de agosto de 2019

FOLCLORE






                                              - O FATO FOLCLÓRICO -



                                     O conhecimento é imprescindível para saber que é fato folclórico a fim de poder compartimentaliza-lo, classificando-o como folclore autentico, folclore aplicado e projeção do folclore. Uma dança folclórica é folclore autêntico quando executada pelo grupo folk que a guarda em seu contexto cultural. Executada por alunos de um estabelecimento, respeitado o modelo folclórico, é folclore aplicado, apresentada em teatro, por profissionais, modificada num ou noutro ponto para satisfação estética de uma determinada clientela, é projeção do folclore.
                       

                                    A projeção do folclore se verifica em todos os setores culturais, atingindo a obra de Mário de Andrade, Villa-Lobos, Portinari, Raul Bopp. Di Cavalcanti, Oswaldo de Andrade (pai e filho), Jorge Amado, Guimarães Rosa, José Lins do Rego, Francisco Mignone, Camargo Guarnieri, Tarsila do Amaral, Afonso Arinos, Cassiano Ricardo e inúmeros outros artistas das letras, da música, da pintura, da escultura, do teatro, do cinema, do balé etc.



Maria de Lurdes Borges Ribeiro, FOLCLORE, Biblioteca Educação É Cultura, pág. 36. Rio de Janeiro – 1980.











                                                    - PINDORAMA -


                                                                                                           



Eu moro na oca
A oca é na taba
A taba é na tribo.



Eu quero canjica
Tapioca e pamonha
Dormir na rede
Com cabaça e gamela.


O canto é Tupy
Catiti... catiti...
Imará... notiá...
Notiá... ipejú.



Gostoso é o beijú
Olhar uirapuru
Anhangá e o trovão.



Matias Moreno. PINDORAMA. Álbum: Na Boca do Povo. “Ana Maria & Matias Moreno”. Paris – 1995.







- SALÃO DE AUDIÇÃO -

Pindorama (Banzabê)
Álbum: Na Boca do Povo.






 Foto: Adele Aragón López





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quinta-feira, 1 de agosto de 2019

FOLCLORE






                                - ENTRE CULTURA OFICIAL E A POPULAR –



                                     [...] “A distinção (entre cultura oficial e a popular) parece-me ainda mais curiosa. Não há povo que possua uma só cultura, entendendo-se por ela uma sobrevivência de conhecimentos gerais. Cafres e Pehuls têm a cultura religiosa, o conjunto de regras sagradas que ritmam a aproximação do homem á divindade, compreendendo os ritos de trabalho e acomodação social, presididos pela casta sacerdotal ou real, e outra ainda, reunião de contos, fábulas, exemplos, brincadeiras, superstições, alheia inteiramente ao cerimonial da tribo, além de lendas e contos etiológicos que pertencem ao mundo inteiro, adaptando-se ás cores locais para os efeitos divulgativos.

                                   Essa unidade que Frobenius elogiava no africano, será sempre discutida porque haverá, obstinadamente, em qualquer agrupamento humano sob a mais rudimentar organização, a memória coletiva de duas origens de conhecimento: o oficial, regular, ensinado pelo código dos sacerdotes ou direção do rei, e o não oficial, tradicional, oral, anônimo, independente de ensino sistemático porque é trazido nas vozes das mães, nos contos de caça e pesca, na fabricação de pequenas armas, brinquedos, assombros”. [...].


Luís da Câmara Cascudo. LITERATURA ORAL. Pag. 27. Rio de Janeiro – 1952.









                                                 - PRAIA FORMOSA -






Não sei, se é de “Macau”
Ou da “Guine”, vamos ver
Ai que dengo diferente
De “Lisboa”, Portugal.


Ai... ai... ai... minha nau !!!
Ai... ai... ai... além-mar !!!
Ai... ai... vento, vela...
Leme firme, caravela.


Não sei, se é do “Damão”
Ou de “Java”, vamos ver
Ai que dengo diferente
De “Cipango” no Japão.


Ai... ai... ai... minha nau !!!
Ai... aí... ai... além-mar !!!
Ai... ai... ai... vento, vela
Leme firme, caravela.


Oh !!! bahiana, tão bela
Aonde é, que, você mora ???
- Moro na “Lua Cheia”
E daqui, vou me embora.


Ai... ai... ai... minha nau !!!
Ai... ai... ai... além-mar !!!
Ai... ai... vento, vela
Leme firme, caravela.


Oh !!! bahiana, tão bela
Aonde, vosmecê namora...
- É... no muro... da igreja
A noite... na “Fonte Nova”.


Ai... ai... ai... minha nau !!!
Ai... aí... ai... além-mar !!!
Ai... ai... vento, vela
Leme firme, caravela.



Matias Moreno. PRAIA FORMOSA. Álbum: Lua Cheia. “Ana Maria & Matias Moreno”. Bahia – 1998.







- SALÃO DE AUDIÇÃO -

Praia Formosa. (Choradinho)
Álbum: Lua Cheia.







Foto: Adela Aragón Lópes





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