segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

AS PULSEIRAS





 

                                                    - As Pulseiras -

 

 

 

A negra

Do umbu...

Do vatapá...

E do caruru.

 

A negra

Da muamba...

É, bamba...

No caxambu.

 

A negra

Do batuque...

Da macumba...

E do canjerê.

 

A negra

Do pano da costa...

Da saia rodada...

E do balangandã.

 

A negra

Dona da quitanda

Tem no tabuleiro

Cocada e acaçá.

 

A negra

Samba no jongo

No frevo-bahiano

E no batuque-canção.

 

Matias Moreno. AS PULSEIRAS. Álbum: Lagoa da Onça. “Ana Maria & Matias Moreno”. Bahia – 2022.

 

 

 

 

 

                                                  - PROGRAMA -

 

 

Batuque Canção – Dança com sapateado e palmas, ao som de cantigas acompanhadas só de tambor, quando é de negros, ou também de viola e pandeiro, quando entra gente mais asseadas, dizia Macedo Soares numa definição que se vulgarizou. Os instrumentos e percussão, de bater, membranofones, deram batismo à dança que se originou no continente africano, especialmente pela umbigada, batida de pé ou vênia para convidar o substituto do dançador solista.

                                  Batuque é denominação genérica por toda dança de negros na África. Nome dado pelo português. Com o nome especifico de batuque não há coreografia típica. Será propriamente a dança em geral, o ajuntamento para baile.

                                  Uma lei de D. Manuel proibia o batuque em Portugal quinhentista. O Major A. C. P. Gamito, que visitou a África Austral em 1831, cita os bailes populares. Cateco, Gondo, Pembera, “que só a pratica sabe distinguir”, mas já os chama a todos batuques: “ Êstes batuques duram até outubro. ”

 

Luís da Câmara Cascudo. DICIONÁRIO DO FOLCLORE BRASILEIRO. Págs. nº 94 e nº 95. Rio de Janeiro – 1954. 




- SALÃO DE AUDIÇÃO -

As Pulseiras. (Batuque-Canção).
Álbum: Lagoa da Onça.







Foto: Elder Conceição.







Arte: Mainara  //  Foto: Elder Conceição






- Em Cartaz -

Matinal, Matiné e Soirée.
Cine ABC 
"MÚSICA FOLCLÓRICA BRASILEIRA"

Y O U  T U B E



Abraços...
Até Breve !!!
Muito Obrigado, por "vossa visita".





 

sábado, 14 de janeiro de 2023

RUA DIREITA





 

                                                    - Rua Direita -

 

 

 

A rainha

Da primeira micareta.

 

Quem coroou

Foi seu Lôlô.

 

A alegria

Tomou conta da cidade.

 

Todos

Estão nas ruas.

 

Todos

Irão ao baile.

 

A colombina

Namorou o pierrot.

 

O arlequim

Cantou e dançou.

 

Aquela linda marchinha

Do nosso novo carnaval.

 

Matias Moreno. RUA DIREITA. Álbum: Lagoa da Onça. “Ana Maria & Matias Moreno”. Bahia – 2022.

 

 

 

 

 

                                                  - PROGRAMA -

 

 

Marcha-Rancho – A marcha carnavalesca, que se tornou música de dança, espevitada, maliciosa e brejeira, é excepcionalmente a nossa música alegre. Também carioca, iniciou-se com os cordões e os ranchos carnavalescos... depois a marcha se transformou, talvez por certas particularidades de ritmos, na que é, com o samba, a nossa música predileta de salão, vindos ambos do carnaval, embora haja marchas carnavalescas, que também se inspiraram nas de pastorinhas.

 

Renato Almeida. HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA. Pag. 193. Rio de Janeiro – 1942. 




- SALÃO DE AUDIÇÃO -

Rua Direita. (Marcha-Rancho).
Álbum: Lagoa da Onça.







Foto: Elder Conceição.






Arte: Mainara. //  Foto: Elder Conceição.









Em Cartaz: "LIVE-TEMPORADA"
Cine ABC (Música Folclórica Brasileira)
 - Y O U  T U B E -





Ate Breve !!!

Muito Obrigado.

















 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

PISA-PILÃO





                                                    - Pisa-Pilão -

 

 

 

Á beira do precipício

Pisou o piso

Fundo calmo da mêmoria.

 

Ria... sou louco

Falam os loucos:

- Ela é, louca.

 

Ria... calma

Anágua, cambraia

E, ela ria.

 

Chorava, gritava... ria

Pisou no precipício

Rolou na mêmoria

Caiu... caia.

 

Pisa-Pilão...

Pilão gonguê.

 

Matias Moreno. PISA-PILÃO. Álbum: Lagoa da Onça. “Ana Maria & Matias Moreno”. Bahia – 2022.

 

 

 

 

                                                     - PROGRAMA -

 

 

Embolada – “Embora a coreografia seja em todos a mesma, existe uma variante enorme de tipos de côco, tomando suas designações dos mais diversos elementos; por exemplo: dos instrumentos acompanhante (Côco de Ganzá, Côco de Zambê); da forma do texto poético (Côco de décima, Côco de oitava); do lugar em que é executado ou a que o texto se refere (Côco de Usina, Côco de Praia); do processo poético-musical (Côco de Embolada). A forma dos Côcos é uma estrofe-refrão. O refrão ou segue a estrofe ou se intercala nela. Poéticamente, apenas o refrão é fixo, constituindo o caracterizador do Côco. As estrofes, quase sempre em quadras de sete sílabas, são tradicionais ou improvisadas. A estrofe solista em principal nos chamados especialmente Côcos de Embolada. Os Côcos obedecem geralmente aos compassos 2/4 ou C. Há também uma espécie de Côcos mais lentos e mais líricos, de ritmo muitas vezes bem livre, não destinados á dança, sendo englobáveis. Portanto, no gênero das Canções”.

 

Oneyda Alvarenga. (COMENTÁRIOS A ALGUNS CANTOS E DANÇAS NO BRASIL, “Revista do Arquivo Municipal”, LXXX, 219, São Paulo. 




- SALÃO DE AUDIÇÃO -

Pisa-Pilão. (Embolada).
Álbum: Lagoa da Onça.







Foto: Elder Conceição.







Arte: Mainara  //  Foto: Elder Conceição.





Bons "divertimentos" com os Reis Magos.
Até Breve !!!

Em Cartaz:
Cine ABC (Música Folclórica Brasileira)
(YOU TUBE)

Muito Obrigado... por vossa visita.