Jongo - Seu Aniceto nasceu 24 anos depois da abolição da
escravatura. Fundador do Império Serrano, considerado um dos maiores
partideiros do Brasil, usa português castiço e numera suas páginas em
algarismos romanos.
O que Seu
Aniceto - hoje com 72 anos - conta, os pesquisadores confirmam numa
bibliografia muito pobre, mas com explicações, argumentos e até justificativas
cientificas. O Jongo desenvolveu-se no meio rural; nas fazendas, os escravos
cantavam, através de metáforas, geralmente avisando da aproximação do “Sinhô”.
Um fazia o solo e os outros respondiam.
Das manhas e
tarde nos cafezais e canaviais, o Jongo passou para as noites, nos terreiros.
Mas, para que isso fosse possível, os negros “mandigavam”, pediam ajuda a seus
mortos para que na Casa-Grande todos caíssem em sono profundo. Depois agradeciam,
cantando e dançando. Mas só ate o sol raiar, sem ninguém interromper.
João Batista Vargens. NOTAS MUSICAIS CARIOCAS. Valeria Fernandes.
“O Jongo no Rio de Ontem e Hoje”. Petrópolis 1986.
5º Área do Samba (Principiando na zona agrícola da Bahia e
cobrindo os estados do sul até São Paulo, com núcleos isolados em outros pontos
de mais forte afluência negra, como Pernambuco).
Joaquim Ribeiro. FOLCLORE BRASILEIRO. 1914.
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