Matias Moreno. O GIQUI. Álbum: Lagoa da Onça. “Ana Maria
& Matias Moreno”. Bahia – 2022.
- PROGRAMA –
Toada – Cantiga, Canção, Cantilena, Solfa, a melodia nos
versos para cantar-se.
Luís da Câmara Cascudo. DICIONARIO DO FOLCLORE BRASILEIRO.
Pag. 615. Rio de Janeiro – 1954.
Toada – Tenho vivido muitos anos no sertão, só conheço Toada
como sinônimo de solfa, da música, o som e o tom. Como é a Toada daquela Modinha?.
É sempre ligada á forma músical e não á disposição poética. Era assim o sentido
clássico do vocábulo.
Oneyda Alvarenga. MÚSICA POPULAR BRASILEIRA. Págs. 275-276.
Rio de Janeiro – 1950
- SALÃO DE AUDIÇÃO -
O Giqui. (Toada).
Álbum: Lagoa da Onça.
Foto: Elder Conceição.
Foto: Elder Conceição. // Arte: "Garota" do Barração.
Matias Moreno. O DIVINO. Álbum: Lagoa da Onça. “Ana Maria
& Matias Moreno”. Bahia – 2022.
- PROGRAMA –
Baião – Informa dançar-se o Baião, sinônimo de Baiano, como
uma parte do Samba, havendo outra maneira do convite á dança: “ forma-se de
maneira diversa da que se usa em Sergipe e nos estados do Sul: em vez da
embigada, atira-se com os dedos um estado de castanhola na direção da pessoa
escolhida até que se forma a quadra e, dada vênia ao Cantor começa o Baião.
Renato Almeida. HISTORIA DA MÚSICA BRASILEIRA. Pag. 161. 2º
edição. Rio de Janeiro-1942.
Baião – Entre os Cantadores sertanejos o Baião não é canto
nem dança. É uma breve introdução musical. Executada antes do “Desafio”, antes
do debate vocal entre os dois Cantadores. Denominam-se também Rojão de Viola,
mais comumente. O pequenino trecho executado depois de cada Cantador cantar.
(Sextilha, Decima, etc.) chama-se Rojão ou Baião.
Luís da Câmara Cascudo. VAQUEIROS E CANTADORES. Pag. 143.
Ed. Globo. Pôrto Alegre-1939.
- SALÃO DE AUDIÇÃO -
O Divino. (Baião).
Álbum: Lagoa da Onça.
Foto: Elder Conceição.
Foto: Elder Conceição.
- CONVITE -
- Live - Temporada -
( Dia: 27 / 11 / 2022 )
Ás 16:00 horas -- Brasil
-- FACEBOOK --
Em Cartaz: Cine ABC (Música Folclórica Brasileira).
Matias Moreno. O REMANSO. Álbum: Lagoa da Onça. “Ana Maria & Matias Moreno”. Bahia – 2022.
- PROGRAMA –
Moda-de-Viola – Viola: instrumento de cordas dedilhadas, por
cinco ou seis, duplas, metálicas. Tendo seis cordas, repetem o mi ou o si. O
encordoamento clássico era de aço, as duas primas e segundas, a terceira de
metal amarelo (latão), o bordão de ré, de aço, o de lá e o de mi, de latão. A
maioria (no Nordeste) tem dez trastos, as afinações variam, mi-si-sol-ré-lá ou,
segundo Oneyda Alvarenga, mi-lá-ré-sol-si-mi, ou mesmo a inversão destas. É
verdadeiramente o grande instrumento de Cantoria Sertaneja. Violeiro é sinônimo
de Cantador. Outrora amarravam uma fita nas cravelhas, depois de cada vitória.
Vi algumas Violas espetacularmente enfeitada de fitas multicolores, orgulho do
Cantador que evoca os desafios representados por esses símbolos. Deve ter sido
o primeiro instrumento de cordas que o Brasil conheceu. O século do povoamento,
o Séc. XVI, foi a época do esplendor da Viola em Portugal, expresso nos Autos
de Gil Vicente e nos Cancioneiros. O Padre Fernão Cardim cita abundantemente a
Viola, o Pandeiro e o Tamboril e a Flauta. Espalhou-se por toda parte. É ainda
o instrumento animador dos velhos bailes populares e devocionais no Norte e no
Sul do pais. Cururu, Dança de São Gonçalo, Fandangos (quer no Auto Nordestino,
quer nos bailes do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São
Paulo). Há imagens de São Gonçalo empunhando ou mesmo tocando Viola. Não me
parece decair sua popularidade em todo território nacional.
Luís da Câmara Cascudo, VAQUEIROS E CANTADORES, 135-140, ed.
Globo, Pôrto Alegre, 1939.
Matias Moreno. O PAU BRASIL. Álbum: Lagoa da Onça. “Ana
Maria & Matias Moreno”. Bahia – 2022.
- PROGRAMA -
Caiapós – É o tipo da dança dramática, espécie de
Caboclinhos, representada em São Paulo pelas cidades e vilas do interior, por
um grupo de homens vestindo indumentária indígena, guiado pelo Cacique
(Tuxava-Pajé) e um Curumi (menino). Usam apenas instrumentos de percussão,
tambor, caixa, pandeiro, reco-reco, e os indígenas são armados de arco e flecha.
Não há música nem canto. O Curumi finge estar sendo perseguido por inimigos
brancos e cai morto, cercado pelo bailado dos companheiros. O Tuxava faz ação
de Pajé, defumando-o dançando em torno e ressuscita-o, seguindo todos para
repetir o baile noutro ponto. Ocorre nas festas de Natividade e Reis, Divino
Espirito Santo e Sábado de Aleluia.
Alceu Maynard de Araújo. CAIAPÓ. “Paulistânia”, nº 40,
42-43, São Paulo, 1951.
Matias Moreno. O CANDONGUEIRO. Álbum: Lagoa da Onça. “Ana
Maria & Matias Moreno”. Bahia – 2022.
- PROGRAMA –
Jongo – Tambú, instrumento de percussão usado nos Jongos de
São Paulo. “O Tambú é um pau roliço, ôco, medindo mais ou menos um metro de
comprimento e cerca de 35 a 40 centímetros de diâmetro, afinando para uma das
extremidades: a posta a esta tem a boca obturada por um couro de boi, bem
esticado e pregado na madeira, com tachas amarelas, e alguns cravos pretos... o
Tambú é amarrado ao corpo do tocador por uma corda que dá duas voltas e assim o
Candongueiro. Esta maneira difere das demais que tenho visto no Jongo de Cunha,
no Batuque de Tietê, onde os tocadores de Tambú sentam-se sobre êle com as
pernas abertas, para tocar”.
Alceu Maynard de Araújo. O JONGO DE TAUBATÉ, Jornal de São
Paulo, 8-2-1948.