sexta-feira, 17 de março de 2023

Música Folclórica Brasileira (1º Área Amazônica)




Música Folclórica Brasileira – “Também vi e ouvi, pela primeira vez, o Jurapari ou “música do diabo” dos índios naquela taba (Iurupari or Devil-Música of the Indians)... ouvimos um som, como que de trombone e de baixos, vindo do rio, em direção à aldeia... surgiram oito índios, cada um dos quais tocava um instrumento parecido com o fagote... faziam uma música selvagem, porém agradável. Todos tocavam os seus instrumentos ao mesmo tempo, constituindo o conjunto um concerto tolerável. Os ditos instrumentos são feitos de casca de árvore, enrolados em espiral, e têm um bocal, feito também de folhas. À noite fui à maloca, onde encontrei dois velhos que estavam tocando os instrumentos maiores, movendo-os de maneira singular, verticalmente ou para os lados, movimentos esses acompanhados de correspondentes contorções no corpo”.

Alfred Russel Wallace. VIAGENS PELO AMAZONAS E RIO NEGRO. Págs. 447-448. Trad. de Orlando Tôrres. São Paulo – 1939.

 

1º Área Amazônica (Na Bacia Amazônica), ainda escassamente estudada.




- SALÃO DE AUDIÇÃO -

Cocobocó. (Toré).
Álbum: Lua Cheia.







Foto: Elder Conceição.







Arte: Mainara //    // Foto: Elder Conceição.





Segue à "Temporada" no Cine ABC (Música Folclórica Brasileira)
- YOU TUBE -

Até Breve e Muito Obrigado.







sexta-feira, 10 de março de 2023

Música Folclórica Brasileira (1º Área Amazônica)




Música Folclórica Brasileira – “Os índios pouca ou nenhuma influência tiveram na música brasileira porque, com a catequese, os padres jesuítas quando ensinavam aos índios, misturavam as duas línguas: a portuguêsa e a indígena. O índio, com a tendência que tinha para a novidade, aprendia sem esforço tudo quanto lhe ensinavam. A música do índio desaparecia porque era substituída por outra: a dos missionários europeus”.

 Judith Morisson Almeida. INFLUÊNCIA DA MÚSICA  AMERÍNDIA NA MÚSICA BRASILEIRA. Companhia Editora Nacional. São Paulo – 1951.

 

1º Área Amazônica (Na Bacia Amazônica), ainda escassamente estudada.




- SALÃO DE AUDIÇÃO -

Índio Brasil. (Caiapó).
Álbum: Fonte Nova.







Foto: Elder Conceição.











Em Cartaz: "Á Temporada".
Cine ABC (Música Folclórica Brasileira)
YOU TUBE
Matinal, Matinê e Soirée.


A Casa é nossa...
Apareçam !!!
Muito Obrigado.

























quinta-feira, 2 de março de 2023

Música Folclórica Brasileira (1º Área Amazônica)




Música Folclórica Brasileira – Em 1914, Joaquim Ribeiro, em seu livro sobre o Folclore Brasileiro, esboçou uma divisão da Música Popular Brasileira em áreas geográficas assinaladas pelo tipo de atividade musical predominante entre seus habitantes e afinidade de elementos técnicos, encontrada na área. Estabeleceu, assim as seguintes: 1º da Embolada, no nordeste; 2º da Moda, na área agrícola do sul; 3º do Jongo, na zona de influencia banto; 4º dos Aboios, na zona pastoril do sertão. Tomando por base esse tipo de classificação, e ampliando e apurando a de Joaquim Ribeiro, que ele mesmo considerava provisória e sujeita a modificação inspiradas “pelos inquéritos diretos, que poderão oferecer dados para a sistematização mais exaustiva”, podemos chegar a uma divisão do pais em nove áreas, são as seguintes:

1º Área Amazônica (Na Bacia Amazônica), ainda escassamente estudada.

 

Luís da Câmara Cascudo. DICIONARIO DO FOLCLORE BRASILEIRO. Pag. 417. Rio de Janeiro – 1954.




- SALÃO DE AUDIÇÃO -

Pindorama. (Banzabê).
Álbum: Na Boca do Povo.







Foto: Elder Conceição.







Foto: Elder Conceição.





 Em Cartaz

"Música Folclórica Brasileira"

- Cine ABC -

- YOU TUBE - 




Abraços !!!
Até breve e muito obrigado, por vossa visita.







sexta-feira, 17 de fevereiro de 2023

LAGOA DA ONÇA (Ritmos Brasileiros)



                

                               

                                                       - Lagoa da Onça -

 

                                                           


O rancho e o cordão

De cucumbi... sorongo

E caxambu.

 

Vai levando...

O cariri

O pataxó

E o Kaimbé

 

O remanso

Vem... de longe

De Pirapora a Sento Sé

 

É a rainha do milho

Na quadrilha do sertão

É pau-de-sebo, quebra-pote

Olha o xote campeão.

 

Gado

Munge... no Curaçá

Em Cruz das Almas

Canudos e Uauá.

 

O Conde

Dos Arcos

Quer saber...

Quem é, a Zeferina.

 

Contaram

Que, naquele meteorito

Viajavam os rupestres

Que falavam em hieróglifos.

 

Bumba... bumba-meu-boi

Ninguém segura à velha

No forró do Pé da Serra.

 

Ali o siri

Corre no mangue.

 

Chorava, gritava... ria

Pisou no precipício

Rolou na memoria

Caiu... caia.

 

A alegria

Tomou conta da cidade.

 

A negra

Samba no jongo

No frevo-bahiano

E no batuque-canção.

 

Matias Moreno. LAGOA DA ONÇA. Álbum: Lagoa da Onça. “Ana Maria & Matias Moreno”. (Textos/Fragmentos). São Paulo – 1980 e Bahia – 1975, 2006, 2007, 2008, 2012, 2013.

 

 

 

                                                   


                                                        - PROGRAMA -

 

 

O Candongueiro. (Jongo).

O Pau Brasil. (Caiapó).

O Remanso. (Moda-de-Viola).

O Divino. (Baião).

O Giqui. (Toada).

O Terreiro. (Samba-Chula).

 

Lagoa da Onça. (Romance).

Pé da Serra. (Marcha-Junina).

Siri-Acú. (Canção do Mar).

Pisa-Pilão. (Embolada).

Rua Direita. (Marcha-Rancho).

As Pulseiras. (Batuque-Canção).




- SALÃO DE AUDIÇÃO -

Lagoa da Onça (Ritmos Brasileiros)







Foto: Elder Conceição







Foto: Elder Conceição





"Matinal, Matinê e Soirée"

- Cine ABC (Música Folclórica Brasileira) -

- YOU TUBE -





Forte Abraço... Bom Divertimento.
Até Breve...

Muito Obrigado !!!



 

 

 

 


 

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

AS PULSEIRAS





 

                                                    - As Pulseiras -

 

 

 

A negra

Do umbu...

Do vatapá...

E do caruru.

 

A negra

Da muamba...

É, bamba...

No caxambu.

 

A negra

Do batuque...

Da macumba...

E do canjerê.

 

A negra

Do pano da costa...

Da saia rodada...

E do balangandã.

 

A negra

Dona da quitanda

Tem no tabuleiro

Cocada e acaçá.

 

A negra

Samba no jongo

No frevo-bahiano

E no batuque-canção.

 

Matias Moreno. AS PULSEIRAS. Álbum: Lagoa da Onça. “Ana Maria & Matias Moreno”. Bahia – 2022.

 

 

 

 

 

                                                  - PROGRAMA -

 

 

Batuque Canção – Dança com sapateado e palmas, ao som de cantigas acompanhadas só de tambor, quando é de negros, ou também de viola e pandeiro, quando entra gente mais asseadas, dizia Macedo Soares numa definição que se vulgarizou. Os instrumentos e percussão, de bater, membranofones, deram batismo à dança que se originou no continente africano, especialmente pela umbigada, batida de pé ou vênia para convidar o substituto do dançador solista.

                                  Batuque é denominação genérica por toda dança de negros na África. Nome dado pelo português. Com o nome especifico de batuque não há coreografia típica. Será propriamente a dança em geral, o ajuntamento para baile.

                                  Uma lei de D. Manuel proibia o batuque em Portugal quinhentista. O Major A. C. P. Gamito, que visitou a África Austral em 1831, cita os bailes populares. Cateco, Gondo, Pembera, “que só a pratica sabe distinguir”, mas já os chama a todos batuques: “ Êstes batuques duram até outubro. ”

 

Luís da Câmara Cascudo. DICIONÁRIO DO FOLCLORE BRASILEIRO. Págs. nº 94 e nº 95. Rio de Janeiro – 1954. 




- SALÃO DE AUDIÇÃO -

As Pulseiras. (Batuque-Canção).
Álbum: Lagoa da Onça.







Foto: Elder Conceição.







Arte: Mainara  //  Foto: Elder Conceição






- Em Cartaz -

Matinal, Matiné e Soirée.
Cine ABC 
"MÚSICA FOLCLÓRICA BRASILEIRA"

Y O U  T U B E



Abraços...
Até Breve !!!
Muito Obrigado, por "vossa visita".





 

sábado, 14 de janeiro de 2023

RUA DIREITA





 

                                                    - Rua Direita -

 

 

 

A rainha

Da primeira micareta.

 

Quem coroou

Foi seu Lôlô.

 

A alegria

Tomou conta da cidade.

 

Todos

Estão nas ruas.

 

Todos

Irão ao baile.

 

A colombina

Namorou o pierrot.

 

O arlequim

Cantou e dançou.

 

Aquela linda marchinha

Do nosso novo carnaval.

 

Matias Moreno. RUA DIREITA. Álbum: Lagoa da Onça. “Ana Maria & Matias Moreno”. Bahia – 2022.

 

 

 

 

 

                                                  - PROGRAMA -

 

 

Marcha-Rancho – A marcha carnavalesca, que se tornou música de dança, espevitada, maliciosa e brejeira, é excepcionalmente a nossa música alegre. Também carioca, iniciou-se com os cordões e os ranchos carnavalescos... depois a marcha se transformou, talvez por certas particularidades de ritmos, na que é, com o samba, a nossa música predileta de salão, vindos ambos do carnaval, embora haja marchas carnavalescas, que também se inspiraram nas de pastorinhas.

 

Renato Almeida. HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA. Pag. 193. Rio de Janeiro – 1942. 




- SALÃO DE AUDIÇÃO -

Rua Direita. (Marcha-Rancho).
Álbum: Lagoa da Onça.







Foto: Elder Conceição.






Arte: Mainara. //  Foto: Elder Conceição.









Em Cartaz: "LIVE-TEMPORADA"
Cine ABC (Música Folclórica Brasileira)
 - Y O U  T U B E -





Ate Breve !!!

Muito Obrigado.

















 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

PISA-PILÃO





                                                    - Pisa-Pilão -

 

 

 

Á beira do precipício

Pisou o piso

Fundo calmo da mêmoria.

 

Ria... sou louco

Falam os loucos:

- Ela é, louca.

 

Ria... calma

Anágua, cambraia

E, ela ria.

 

Chorava, gritava... ria

Pisou no precipício

Rolou na mêmoria

Caiu... caia.

 

Pisa-Pilão...

Pilão gonguê.

 

Matias Moreno. PISA-PILÃO. Álbum: Lagoa da Onça. “Ana Maria & Matias Moreno”. Bahia – 2022.

 

 

 

 

                                                     - PROGRAMA -

 

 

Embolada – “Embora a coreografia seja em todos a mesma, existe uma variante enorme de tipos de côco, tomando suas designações dos mais diversos elementos; por exemplo: dos instrumentos acompanhante (Côco de Ganzá, Côco de Zambê); da forma do texto poético (Côco de décima, Côco de oitava); do lugar em que é executado ou a que o texto se refere (Côco de Usina, Côco de Praia); do processo poético-musical (Côco de Embolada). A forma dos Côcos é uma estrofe-refrão. O refrão ou segue a estrofe ou se intercala nela. Poéticamente, apenas o refrão é fixo, constituindo o caracterizador do Côco. As estrofes, quase sempre em quadras de sete sílabas, são tradicionais ou improvisadas. A estrofe solista em principal nos chamados especialmente Côcos de Embolada. Os Côcos obedecem geralmente aos compassos 2/4 ou C. Há também uma espécie de Côcos mais lentos e mais líricos, de ritmo muitas vezes bem livre, não destinados á dança, sendo englobáveis. Portanto, no gênero das Canções”.

 

Oneyda Alvarenga. (COMENTÁRIOS A ALGUNS CANTOS E DANÇAS NO BRASIL, “Revista do Arquivo Municipal”, LXXX, 219, São Paulo. 




- SALÃO DE AUDIÇÃO -

Pisa-Pilão. (Embolada).
Álbum: Lagoa da Onça.







Foto: Elder Conceição.







Arte: Mainara  //  Foto: Elder Conceição.





Bons "divertimentos" com os Reis Magos.
Até Breve !!!

Em Cartaz:
Cine ABC (Música Folclórica Brasileira)
(YOU TUBE)

Muito Obrigado... por vossa visita.