segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Mala do Folclore na "Boca do Povo"!

Arquivo pessoal





Estação " Na Boca do Povo "!

Chegamos Amigos, estação na "Boca do Povo", parada de Ritmos Nativos que durante esses dias de estrada compilamos nesta obra. Salta da "Mala do Folclore" o ritmo  Batuque- Os exploradores Portugueses, que conheceram o negro na África, chamavam Batuque aos tambores ou a dança. (Luis da Camara Cascudo- Dicionário do Folclore Brasileiro , pag. 95).  “Recebendo-nos com a maior amabilidade não faltando Batuque (danças), caçadas e excursões.” (H. Capelo e R. Ivens, DE BANGUELA ÀS TERRAS DE IACCA. I, 56, Lisboa, 1881).
"Com o nome de Batuque ou Batuque - Boi há uma luta popular, de origem Africana, muito praticada nos municípios de Cachoeira e de Santo Amaro e Capital da Bahia, uma modalidade de Capoeira. Executam-na ao som do Pandeiro, Ganzá, Berimbau e Cantigas. A tradição indica o Batuque-Boi como de procedência Banto, talqualmente a capoeira cujo o nome Tupi batiza o jogo atlético de Angola".  (Câmara Cascudo - Dicionário do Folclore Brasileiro)

Singularidades Africanas que outrora fora discriminadas,no entanto hoje, reconhecidamente, fazem parte de nosso magnifico Cabedal da Música Folclórica. Conheceremos a releitura do ritmo Umbigada - “A pancada com o umbigo nas danças de roda, como um convite intimatório para substituir o dançarino solista, tem a maior documentação para dizer-se de origem africana. Em Portugal ocorre no Fandango e no Lundu, como uma Invitation a La Dance, como vemos na Punga do Maranhão. Nos Cocos de Roda ou Bambelôs e em certos sambas”. Luiz da Camara Cascudo (Dicionário do Folclore Brasileiro, pag. 627).
“Um homem ia para o centro da roda e dançava minutos, tomando atitudes lascivas, até que escolhia uma mulher, que avançava repetindo os meneios não menos indecentes, e este divertimento durava, as vezes, até o amanhecer. Henry Coster (Viagens ao Nordeste do Brasil, pag. 316, Brasiliana, São Paulo, 1942).

 E fechando o Post  ,  reiventando-se no olhar e na tradição do povo Brasileiro, o Ritmo Nativo  Lundu - Foi em Portugal o doce Lundu Chorado de que fala Nicolau Tolentino. Dança irresistível, e confundida com o Samba e a Chula Portuguesa, já era tradicional em Portugal no séc. XVI. Rodney Gallop (Portugal, pag.252).  "Informa que El Rei D. Manuel I (1495 – 1521) proibira o Lundum: “Under King Manuel I , a law was promulgated proscribing batuques, Chrambas and Lundum, and accounts of contemporary travelers leave little doubt of their character”.
 O prestigio do Lundum em Portugal, durante o reinado de D. José e de D. Maria I, dispensa explicação, para evidenciar sua presença nos salões brasileiros, como já o era entre o povo em geral". Luiz da Camara Cascudo. (Dicionário do Folclore Brasileiro, pag.365, Natal, 1954).  



Arquivo pessoal


Enfim muito obrigado Amigos! pela atenção e nos aguardem. Próximo encontro estaremos abrindo a " Mala do Folclore " e tirando mais três singularidades do Grandioso Samba. Estamos felizes em voltar! Até breve.

Nenhum comentário:

Postar um comentário