quarta-feira, 1 de agosto de 2018

FOLKLORE





                                                             


FOLKLORE – É ciência de psicologia coletiva, observada através de pesquisas e todas as manifestações espirituais, materiais e culturais do povo. Nenhuma ciência, como o folclore, possui maior espaço de pesquisa e aproximação humana. Cultura do geral no homem, da tradição e do milênio na atualidade do heróico no quotidiano, é uma verdadeira história normal do povo. Seu nascimento nominal foi a proposta de William John Thoms (1803-85), na revista londrina ATENEU, em 22 de agosto de 1846, dando ao vocábulo folclore a expressão abrangedora da literatura oral, substituindo o Popular Antiquities. Thoms era arqueológo e o nascente folclore subordinava-se á Arqueologia e á História. Cem anos depois com a riche et mouvante complexité do objeto folclórico, como escreveu George Henri Riviére, a definição e campo de estudos constituem debate ainda aberto. A estreita interdependência com a Etnografia, Sociologia, Novelística, Psicologia Experimental, Antropologia Cultura, justifica a frase de A. Marinus: Il ne faut pas s’inquiéter de savoir oú commence, oú s’arréte le folklore. Para nós compreende o canto, dança, música e etnografia, desde que a participação popular mantenha as característica do fato folclórico, antiguidade, persistência, oralidade e permanência. A. van Gennep em carta a C. Nourry Saintyves, 8-XI-1935, declarava não ser possível precisar os limites do folclore, et l’on ne peut assigner des limites précises de nos jour, á aucune science, même aux sciences á base mathématiques. O próprio dogma do Le Folklore est em réalité, une étude de la mentalité populaire dans une nation civilisée (Saintyves), sofre modificações, pois há sempre uma ambivalência cultural no mundo, e todas as civilizações apresentam duas formas de conhecimento coletivo, o sagrado, hierárquico, religioso, e o popular, comum, tradicional. Desta maneira os povos rudimentares, os contemporâneos primitivos (George Peter Murdock) têm essas duas fases permanentes e paralelas de vida intelectual. A cultura é. Nessa acepção, o saldo da sabedoria na memória popular. Ao inverso do clássico Quotidiana Vilescunt, o quotidiano é uma força permanente de conservação e desenvolvimento. Sobre o problema da definição e objeto (ver P. Saintyves, MANUEL DE FOLKLORE, Paris, 1936.

André Veragnac, FOLKLORE, Napoli, 1946.

Luis de Hoyos Sáins, e Nieves de Hoyos Sancho, MANUAL DE FOLKLORE, Madrid, 1947.

J. Imbeloni, CONCEPTO Y PRAXIS DEL FOLKLORE COMO CIENCIA, Buenos Aires, 1943.

Jesús C. Romero, EL FOLKLORE EN MEXICO(discussão dos verbetes dicionarizados), no Boletim de la Sociedad Mexicana de Geografia y Estatistica), tomo LXIII, n. 3, 1947.

Melville J. Herskovits, FOLK-LORE AFTER A HUNDRED YEARS: A PROBLEM OF REDIFINITION, Jornal of American Folk-lore, vol. 59, n. 233.

Augusto Raul Cortazar, BOSQUEJO DE UMA INTRODUCIÓN AL FOLKLORE, Tucumán, Argentina, 1942.

Seán Ó Suilleabháin, A HANDBOOK OF IRISH FOLK-LORE, Dublin, 1942.

P. Sebillot, LE FOLKLORE, Paris, 1913.

A. van Gennep, LE FOLKLORE, Paris, 1924.

J. Leite de Vasconcelos, ETNOGRAFIA PORTUGUÊSA, vol. I, Lisboa, 1933.

Emma Emily Kiefer, ALBERT WESSELSKI AND RECENT FOLK-TALE THEORIES, Indiana University Publications, Bloomington, 1947.

Stith Thompson, THE FOLK-TALE, New York, 1946.

Franz Boas, RACE LANGUAGE AND CULTURE, New York, 1940.

Alexander Haggerty Krappe, THE SCIENCE OF FOLK-LORE, Londres, 1940

Conde de Puymaigre, FOLK-LORE, Paris, 1885.

Ismael Moya, DIDÁCTICA DEL F0LKLORE, Buenos Aires, 1948.

Vicente Garcia de Diego, TRADICIÓN POPULAR O FOLK-LORE, Revista de Tradiciones Popular, I, Madrid, 1944, etc.

Para informação do movimento e doutrinas no Brasil:

Basílio de Magalhães, O FOLCLORE NO BRASIL, 2º Ed., Rio de Janeiro, 1939.

Renato Almeida, HISTÓRIA DA MÚSICA BRASILEIRA, Rio de Janeiro, 1942.

Joaquim Ribeiro, INTRODUÇÃO AO FOLCLORE BRASILEIRO, Rio de Janeiro, 1929.

Gustavo Barroso, AS COLUNAS DO TEMPLO, Rio de Janeiro, 1932.

Amadeu Amaral, TRADIÇÕES POPULARES, São Paulo, 1948.

Afrânio Peixoto, MIÇANGAS, São Paulo, 1931.

Afonso Arinos, LENDAS E TRADIÇÕES BRASILEIRAS, Rio de Janeiro, 1937.

João Ribeiro, O FOLCLORE, Rio de Janeiro, 1919.

Silvio Romero, ESTUDOS SOBRE A POESIA POPULAR DO BRASIL, Rio de Janeiro, 1888.

Raffaele Corso, LA NUEVA CONCEPCION DEL F0LKLORE, Boletim de la Asociación Tucumana de Folklore, vol. I, nº 9-10, Argentina, 1951.

Iouri Sokolov, LE FOLKLORE RUSSE, “Definition et objet”, Payot, Paris, 1945.

STANDARD DICTIONARY OF FOLK-LORE, AND LEGEND, ed. Funk and Wagnall’s  C.°, New York.

Raffaele Pettazzoni, MITI E LEGENDE, Turim, 1948).




Luís da Câmara Cascudo, DICIONÁRIO DO FOLCLORE BRASILEIRO, págs. 269-270, Rio de Janeiro, 1954.






                                                                    


                                                           - CAIPORA –




Lá vem o moleque pelado
Montado no porco-do-mato
Meu Deus !!! é sexta-feira
Estou perdido no mato.


Vai caipora... vai correr mundo
Montado no porco-do-mato
Apareceu o moleque pelado
É sexta-feira no mato.


Oh!!! Sinhá de terreiro
Oh!!! Senhor de engenho
O caipora foi embora
E levou o fumo inteiro.


Chô... chô... caipora, chô...
Deixa meu amor dormir
Vai embora pelo mundo
Vai e leva teus animais.



Matias Moreno, CAIPORA, Álbum: Cisca-Fogo, “Ana Maria & Matias Moreno”, Paris - 1996





                                                     - SALÃO DE AUDIÇÃO -



Caipora (Balanceio)
Álbum: Cisca-Fogo





Obrigado pela companhia !!!
até breve...












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