CHULA - Em Tocós, um esquecido povoado pertencente ao
município de Antônio Cardoso, vizinho da cidade de Feira de Santana. No
Agreste, quem é de Samba, do Candomblé, quem reza para Santo Antônio, São Cosme
ou Santa Barbara conhece Luísa Pereira Brandão. Com quase 80 anos como Dona
Zinhá. Além disso, Dona Zinhá é uma Parteira respeitada, “Mãe de Embigo” de muita
gente de Tocós, que vive em casa rodeada por animais domésticos. Desconfiada,
ela fala pouco, ao mesmo tempo em que, numa conversa entrecortada, comenta sua
vida pessoal, fala do seu apego e das manias de seus bichos de estimação revela
uma coisa ou outra que sabe do Samba e do Candomblé.
Para Dona Zinhá, o Samba veio
com os Africanos mais antigo, escravizados. Eles teriam deixado de herança o
“Samba Nagô” tocado nos Terreiros com tambor, o “Samba Brasileiro” ou de
“Pandeiro em Pé”, tocado nas palmas, no pandeiro e viola, é o Corrido, a Chula,
o Côco”. Além de um vasto repertório de Chulas, Relativos, Corridos e Rezas,
Dona Zinhá pega firme no tambor e no pandeiro.
Ari Lima e Katharina
Döring. MESTRES DA CHULA. “Região do Semi-Árido”. Salvador-2009.
5º Área do Samba (Principiando na zona agrícola da Bahia e
cobrindo os estados do sul até São Paulo, com núcleos isolados em outros pontos
de mais forte afluência negra, como Pernambuco).
Joaquim Ribeiro. FOLCLORE BRASILEIRO. 1914.
- SALÃO DE AUDIÇÃO -
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