segunda-feira, 8 de julho de 2013




Boa tarde Amigos chegamos! Tecendo reflexões sobre nossas origens  e nossa formação e memória musical, no post de hoje na " Mala do Folclore"  o ritmo Gemedeira. "Trata-se de desafio de tema jocoso que usa a interposição de versos de quatro ou, raramente, de duas silabas, entre a quinta e a sexta linhas da sextilha, formada pelas interjeições "ai" e "ui" ou "ai" e "hum". " (Dicionário Aurélio).  Já Câmara Cascudo define como desafio e Vasco Mariz afirma : " É gênero que recebemos de Portugal e conhecido em todo o Brasil. 
Mantido especialmente no Nordeste Brasileiro é conhecido mais no Sertão do que na Orla Litorânea. Mesmo Gemendo daquele jeito, a volta do Canto e da Viola do Gitirana alegrou o bando". (...)Pega    na viola canta e chora: " Ai, ai, ui, ui, ai, ai, ui, ui (...) Paulo Dantas".   



Foto de aequivo pessoal


Baião – Rodrigues de Carvalho em Cancioneiro do Norte descreve o Baião em Fortaleza (1903). “Ainda no terreiro ao som de viola ou botijão. Aparece um solista na roda de cada vez. O homem dança assim: “multiplica os passos do calcanhar para a ponta, desarticula-se, pisa e repisa firme no solo, apruma-se firme como um boneco de engonço, ora dá pulos miudinhos em direção aos tocadores, ora afasta-se de costas até que fazendo uma meia volta em pirueta “atira na cabocla”. Esta dança fingindo acanhamento, no início, depois “sapateia” mais forte, sempre num saltitar miudinho, aprumada, saia enfunada; os braços abertos em compostura de abraço e os dedos castanholando. Termina em jeitosa mesura “atirando” no cavalheiro que a substituirá”. (In Baiano ou Baião, Rossini Tavares de Lima)

“No norte do Brasil: a Ciranda, São Gonçalo, Maracatu, Rolinha-Doce-Doce, o Baião, que é o mais comum entre a canalha, e toma diversas modalidades coreográficas”
(Rodrigues de Carvalho, CANCIONEIRO DO NORTE, pag. 71, segunda edição, Paraíba do Norte, 1928).

“O mesmo que Baiano. O mesmo que Rojão. Pequeno trecho musical executado pelas violas nos intervalos do canto no Desafio.
(Luis da Câmara Cascudo, Vaqueiros e Cantadores, pag. 143 – 144).

Ficamos por aqui, debruçados nas reflexões de nossa origem musical e anotando as paisagens de relatos de nosso povo simples e rico de " folias e ritmias". Até lá!. 


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