domingo, 20 de abril de 2014


Saudações aos amigos. Estamos  acompanhados da Mala do Folclore, nessa jornada de projeções de nossas Folias e Ritmias. Estamos próximo do que vimos de tradicional, de referências, de atitudes de nosso povo brasileiro. Estamos certos que a nossa história está só começando, vamos construir este mapa juntos! E mais uma vez compartilhamos nossa felicidade com os ritmos Toada, Frevo-Canção e Sarambé.  


arquivo particular


Ficha Técnica:


Ana Maria : Canto e Afoxé
Matias Moreno : Canto e Violão
Matias Moreno : Autor e Compositor


Bidiu : Percussão e Ritmo
Breno Tsokas : Pandeiro e Ritmo
Ian Ferreira : Viola
Mateus Costa : Violino
Filipe Costa : Ato de Contrição
Robertinho Lago : Bandolim e Guitarra Bahiana
Pedro Patrocínio : Cavaquinho e Ritmo
Rui Iwersen : Gaita
Gravação : Pedro Patrocínio

Foto : Richard Mas
Capa : Mateus Costa
Ilustração : Raimundo S. Bida


TOADA - Os dois tipos mais importantes da Canção Brasileira são a Modinha, que é urbana, e a Toada, que é rural, esta última existe em todo o Brasil e reflete as peculiaridades musicais de cada região. A Toada da chamada “zona caipira” dos estados de São Paulo e Minas Gerais é uma das mais cativantes, devido a sua peculiar nostalgia, terna e amorosa. Camargo Guarnieri, que nasceu em Tietê, numa região onde sempre se cultivou a boa Música Sertaneja, parece que escreveu com esse caráter (com ou sem o nome de Toada...)
                   A Toada Sentimental, datada de 1982, é um excelente exemplo desse gênero, elevado aqui pelo Compositor a um alto plano artístico. 
(Osvaldo Lacerda, notas da contracapa do disco CAMARGO GUARNIERI, Universo Tropical, 1985).



arquivo pessoal
Foto by Ana Maria





FREVO-CANÇÃO – Passo e dança com que se dança o Frevo. O capoeira foi ancestral do passo. Em Pernambuco do tempo em que o Frevo nasceu, dominava o capoeira, que sempre gostou muito de acompanhar banda de musica, gingando na frente dela, com cacete na mão. O “passista” de hoje é descendente direto dos cafajestes, não querendo fazer outra coisa senão o passo. Este já se fazia, também nas caudas do clube. (...) (Valdemar Valente).


FREVO-CANÇÃO – “Entrei hontem no Frevo, fui na ondia com o pessoal – espanadifero – que trastejou bonito pelas escuras e mal calçadas ruas da nossa Veneza americana. Fiz parte do cordão e quando a fanfarra rompeu a marcha fogosa com todas as variações do trombone e repinicados da caixa, entrei feioso no passo do calungogê que foi um sucesso. (...) de volta do passeio, todo esbodegado, espaforido, suarento e sentindo ainda o gostinho da bicada, ao virar a esquina da “Lafayette” dei de cara com um bicho. – Olha o bicho... – Arreda negrada, lá vae um urso... fiz um passo de quem vae e volta (...) foi um Freuvo medonho.” (...) 
(Osvaldo de Almeida, “COLUNA CARNAVAL”, Jornal Pequeno, Recife, 12 de fevereiro de 1908).



FREVO-CANÇÃO- Dança instrumental, marcha em tempo binário e andamento rapidíssimo. Assim o ensaísta Mário de Andrade sumariza o frevo em seu Dicionário Musical Brasileiro (Editora Itatiaia, reedição, 1989). Derivado da polca marcial, inicialmente chamado "marcha nortista" ou "marcha pernambucana", o frevo dos primórdios trazia capoeiristas à frente do cortejo. Das gingas e rasteiras que eles usavam para abrir caminho teria nascido o passo, que também lembra as czardas russas. Até as sombrinhas coloridas seriam uma estilização das utilizadas inicialmente como armas de defesa dos passistas. De instrumental, o gênero ganhou letra no Frevo-Canção e saiu do âmbito pernambucano para tomar o país. Basta dizer que O Teu Cabelo Não Nega, de 1932, considerada a composição que fixou o estilo da marchinha carnavalesca carioca, é na verdade uma adaptação do compositor Lamartine Babo do frevo Mulata, dos pernambucanos Irmãos Valença. A primeira gravação com o nome do gênero foi o Frevo Pernambucano (Luperce Miranda/ Oswaldo Santiago) lançada por Francisco Alves no final de 1930. Um ano depois, Vamo se Acabá, de Nelson Ferreira pela Orquestra Guanabara recebia a classificação de Frevo. Dois anos antes, ainda com o codinome de "marcha nortista", saía do forno o pioneiro Não Puxa Maroca (Nelson Ferreira) pela orquestra Victor Brasileira comandada por Pixinguinha.(...)
 (Tárik de Souza).


SARAMBÉ – Dança do Catopê

(Jerúsia Arruda, “FESTAS DE AGOSTO”, Montes Claro – 2009).



SARAMBÉ – Ou Sarambu, segundo Luciano Gallet, dança africana trazida pelos escravos para o Brasil. Renato Almeida incluiu-a na classe dos Sambas. Minas Gerais e Bahia. O mesmo que Sarambeque. ??? 

(Luis da Câmara Cascudo, Dicionário do Folclore Brasileiro, pags. 556, Rio de Janeiro – 1954).


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