domingo, 4 de dezembro de 2022

LAGOA DA ONÇA

 




                                                       - Lagoa da Onça -

 

 

 

A Bola de fogo

Caiu na Tapera

E foi rolando caatinga

Parando no Cariacá.

 

Lagoa da Onça

Olho da Água e Piquaruçá

Seguiram o Bendengó

De Itapicuru até o Jatobá.

 

Açude...

Jeremoabo e Gameleira.

 

Contaram

Que, naquele meteorito

Viajavam os rupestres

Que falavam em hieróglifos.

 

Matias Moreno. LAGOA DA ONÇA. Álbum: Lagoa da Onça. “Ana Maria & Matias Moreno”. Bahia – 2022.

 

 

 

 

 

                                                  - PROGRAMA -

 

 

Romance – São poemas em versos octossílabos (pela versificação castelhana e setissílabos pela nossa) refundidos e recriados nos séculos XV e XVI, com rimas assonantes nos pares e os impares livres, vindos dos séculos X, XI, XII, como as canções de gesta, registando as façanhas guerreiras de espanhóis e franceses. Foram poemas feitos para o canto nas côrtes e saraus aristocráticos, e não poesia democrática e vulgar, feita para o povo. No século XVI, a recriação foi um processo de acomodação ao gênio popular e muitos motivos surgiram, dentro dos metros e modelos passados, versificados ao sabor do gôsto popular, mais fiéis aos tipos antigos. Passaram as assonâncias e tonâncias ás rimas simples, e neste caráter o Romance teve voga extraordinária, cantados e trazidos para o Brasil, como para toda a América espanhola, pela memória do colonizador. A gesta militar de outrora, o poema nacional a gôsto de Laveleye, a epopeia nacional, anônima e coletiva (LA SAGA DES NIBELUNGEN DANS LES EDDAS ET DANS LE NORD SCANDINAVE, 14, Paris, 1866) passou ao plano popular, número e heterogêneo, buscando os efeitos da emoção do lirismo do amor, temas sempre sensíveis e poderosos no espirito popular, alheio aos motivos fidalgos de luta e de conquista, ás loucuras cavalheiresca do voto do pavão e os sonhos do domínio cristão nas terras onde Cristo nascera. O séc. XVI foi a época do Romance em Portugal e justamente a fase de povoamento do Brasil. Os romances vieram cantados e resistiram até, possivelmente, o séc. XVIII, quando foram esquecidos no uso, mas não nas memorias coloniais. Apenas na segunda metade do séc. XIX os romances começaram a ser registado no norte brasileiro, já vitoriosa a campanha valorizada em Portugal por Almeida Garrett e na Inglaterra com Walter Scott.

 

Luís da Câmara Cascudo. DICIONARIO DO FOLCLORE BRASILEIRO. Pag. 553. Instituto Nacional do Livro. Rio de Janeiro – 1954.




- SALÃO DE AUDIÇÃO -

Lagoa da Onça. (Romance).
Álbum: Lagoa da Onça.







Foto: Elder Conceição.







Foto: Elder Conceição.





Em Cartaz: Cine ABC (Música Folclórica Brasileira)
- TEMPORADA -
Matinal, Matinê e Soirée.
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Até Breve ...
Muito Obrigado !!!





 

 

 


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