terça-feira, 13 de dezembro de 2022

PÉ DA SERRA





                                                    - Pé da Serra -

 

 

 

Na ladainha

Os cânticos e as orações...

O foguetório anunciou

A benção do glorioso

Nosso São João.

 

A bela rezadeira

E o divino devoto

Da antiga tradição

Do tríduo consagrado

Ao nosso São João.

 

O nosso São João

Nasceu em uma feira

No porto da cachoeira

Dançando trança-fita

Folguedo e quadrilha.

 

Bumba... bumba-meu-boi

Ninguém segura a velha

No forró do pé da serra.

 

Matias Moreno. PÉ DA SERRA. Álbum: Lagoa da Onça. “Ana Maria & Matias Moreno”. Bahia – 2022.

 

 

 

 

 

                                                  - PROGRAMA -

 

 

Marcha Junina - Sua origem remonta às escolas jesuíticas para índios, que a introduziram no Brasil ainda no século XVI, tendo a mesma espalhado-se para todo o Brasil. Já em 1603. Frei Vicente de Salvador registrava em sua obra “História do Brasil” que os índios eram “muito amigos das novidades, como do dia de São João Batista por causa das fogueiras e capelas”. Das diversas festas populares, foi a primeira a criar um repertório musical próprio. Já em 1837, o padre Lopes Gama registrou em seu jornalzinho “O capuzeiro” cantigas juninas como “Acordai, acordai/Acordai João/Ela está dormindo. /Não acorda não”. Com a crescente urbanização do país, desenvolvida nas primeiras décadas do século, as festas juninas ou joaninas adquiriram um caráter de evocação de um passado rural, quando, ao redor de fogueiras buscava-se rememorar o modo de vida caipira através de caracterizações no vestuário, linguajar e comida, além da música, através de uma dança coletiva, a quadrilha. A partir de 1930, os primeiros compositores e cantores de música popular vão lançar mão desse filão, através da estilização de um determinado tipo de música, conhecida como música de São João, assim como se dava em época de carnaval com os sambas e as marchinhas. Uma das primeiras dessas composições foi a marchinha “Cai cai balão”, do compositor Assis Valente, gravada em 1933 por Francisco Alves e Aurora Miranda na Odeon. No mesmo ano, o Bando dos Tangarás gravou as cenas regionais “Festa de São João I e II”, de João de Barro, também na Odeon e Carmen Miranda e Mário Reis gravaram na Victor a marcha “Chegou a hora da fogueira”, de Lamartine Babo. Durante os anos 30 dezenas de músicas destinadas às festas juninas seriam lançadas por grandes compositores como Lamartine Babo, Braguinha, Ari Barroso e muitos outros, num processo que continuou até os anos 50, quando as transformações no mercado musical acabaram por relegar esse tipo de música a uma posição secundária. Em 1939 Dalva de Oliveira gravou na Colúmbia a marcha “Noite de junho”, de João de Barro e Alberto Ribeiro. Outro artista que compôs e gravou diversas músicas voltadas para as festas juninas foi Luiz Gonzaga, que, entre outras, gravou “Olha pro céu”, parceria com José Fernandes, “Meu Araripe”, com João Silva, e “Noites brasileiras” com Zé Dantas.

 

Dicionário Cravo Albin da MÚSICA POPULAR BRASILEIRA.




- SALÃO DE AUDIÇÃO -

Pé da Serra. (Marcha Junina).
Álbum: Lagoa da Onça.







Foto: Elder Conceição.







Foto: Elder Conceição.





Segue em Cartaz: á "Live-Temporada"
Cine ABC (Música Folclórica Brasileira)
- Y O U  T U B E -



Até Breve ...
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