Canção-Caipira - A moda-de-viola é, no geral, um canto de
caráter narrativo entoado em terças. O palmeado e o sapateado compreendem duas
fórmulas rítmicas e os dançadores se aproximam. Davam seis passos, sapateavam e
retornavam aos lugares primitivos com sete passos arrastados. Para encerrar cada
trecho da moda-de-viola realizava-se o palmeado simples, seguido de um pulo com
os pés juntos. O fecho era o recortado.
Rossini Tavares de Lima. MELODIA E RÍTMO NO FOLCLORE DE SÃO
PAULO. São Paulo - 1954.
6º Área da Moda de Viola (Projetando-se de São Paulo, onde
confina com a Área do Samba, para o centro e o sul do país).
Joaquim Ribeiro. FOLCLORE BRASILEIRO. 1914.
- SALÃO DE AUDIÇÃO -
Tamarindo. (Canção-Caipira)
Álbum: Villa Velha.
Arte e Foto: Adela Aragón López.
Estamos em "exibição" no Cine ABC (Música Folclórica Brasileira)
Toada Caipira - A Toada se espalha mais ou menos por todo
Brasil. Musicalmente não tem caráter definitivo e inconfundível da “Moda
Caipira”. Talvez porque, abrangendo varias regiões, a “Toada” reflita as
peculiaridades musicais próprias de cada uma delas. Ou talvez porque, em vez de
nome de um tipo especial da Canção, a palavra “Toada” seja empregada mais no
seu sentido genérico corrente na língua (o mesmo de moda) ou com designação de
qualquer canto sem destinação imediata. De qualquer modo parece que a “Toada”
não tem características que irmanem tôdas as suas manifestações. O que se
poderá dizer para defini-la é apenas o seguinte: com raras exceções, seus
textos são curtos - amorosos, líricos, cômicos - e fogem à forma romanceada,
sendo formalmente de estrofe e refrão; musicalmente as “Toadas” do Centro Sul
se irmanam pela melódica simples.
Oneyda Alvarenga. MÚSICA POPULAR BRASILEIRA. Págs. 275-276.
Porto Alegre - 1950.
6º Área da Moda de Viola (Projetando-se de São Paulo, onde
confina com a Área do Samba, para o centro e o sul do país).
Batuque-Canção - Dança com sapateado e palmas, ao som de
cantigas acompanhadas só de tambor, quando é de negros, ou também de viola e
pandeiro, quando entra gente mais asseadas, dizia Macedo Soares numa definição
que se vulgarizou. Os instrumentos e percussão, de bater, membranofones, deram
batismo à dança que se originou no continente africano, especialmente pela
umbigada, batida de pé ou vênia para convidar o substituto do dançador solista.
Batuque é denominação
genérica por toda dança de negros na África. Nome dado pelo português. Com o
nome especifico de batuque não há coreografia típica. Será propriamente a dança
em geral, o ajuntamento para baile.
Uma lei de D. Manuel proibia o batuque em
Portugal quinhentista. O Major A. C. P. Gamito, que visitou a África Austral em
1831, cita os bailes populares. Cateco, Gondo, Pembera, “que só a pratica sabe
distinguir”, mas já os chama a todos batuques: “Êstes batuques duram até
outubro”.
Luís da Câmara Cascudo. DICIONÁRIO DO FOLCLORE BRASILEIRO.
Págs. nº 94 e nº 95. Rio de Janeiro – 1954.
5º Área do Samba (Principiando na zona agrícola da Bahia e
cobrindo os estados do sul até São Paulo, com núcleos isolados em outros pontos
de mais forte afluência negra, como Pernambuco).
Joaquim Ribeiro. FOLCLORE BRASILEIRO. 1914.
- SALÃO DE AUDIÇÃO -
As Pulseiras. (Batuque-Canção)
Álbum: Lagoa da Onça.
Foto: Conceição.
Obrigado !!! Amigos ... E siga-nos assistindo no Cine ABC (Música Folclórica Brasileira).
Marcha-Rancho - Êsses ranchos, que Renato Almeida estudou,
passaram lentamente a préstitos, com reis e rainhas, pajens, bandeiras,
alegorias, com danças particulares para algumas figuras componentes. Tiveram o
nome de cordões, mas ultimamente o rancho prevaleceu. Alguns ranchos tiveram
grande popularidade na Capital Federal como Flor de Abacate, Ameno Resedá,
Dois-de-Ouro, etc. O diminuitivo popular do rancho era o bloco, rancho pequeno,
não de agrupação fortuita de foliões, mas com solfas ensaiadas, estandarte e
mesmo, alguns, com intenções de critica social ou politica.
Luís da Câmara Cascudo. DICIONARIO DO FOLCLORE BRASILEIRO.
Pag. 540. Rio de Janeiro – 1954.
5º Área do Samba (Principiando na zona agrícola da Bahia e
cobrindo os estados do sul até São Paulo, com núcleos isolados em outros pontos
de mais forte afluência negra, como Pernambuco).
Samba-Chula - Uma dupla de cantadores canta a Chula e a
outra dupla e o coro das mulheres responde com o Relativo, sendo um verso menor
que “arremata” a Chula. Nessa hora, ninguém entra na roda para sambar,
esperando os homens terminar de cantar e começar a parte instrumental com solos
de viola e da percussão. A sambadeira agora samba com passos miudinhos,
“peneirando” e percorrendo a roda toda, até dar uma umbigada para outra
sambadeira, que espera até a próxima Chula cantada.
Katharina Döring. A CHULA NO SAMBA DO RECÔNCAVO. Notas da
contra-capa do CD e DVD. CANTADOR DE CHULA. Salvador – 2009.
5º Área do Samba (Principiando na zona agrícola da Bahia e
cobrindo os estados do sul até São Paulo, com núcleos isolados em outros pontos
de mais forte afluência negra, como Pernambuco).
Jongo - Seu Aniceto nasceu 24 anos depois da abolição da
escravatura. Fundador do Império Serrano, considerado um dos maiores
partideiros do Brasil, usa português castiço e numera suas páginas em
algarismos romanos.
O que Seu
Aniceto - hoje com 72 anos - conta, os pesquisadores confirmam numa
bibliografia muito pobre, mas com explicações, argumentos e até justificativas
cientificas. O Jongo desenvolveu-se no meio rural; nas fazendas, os escravos
cantavam, através de metáforas, geralmente avisando da aproximação do “Sinhô”.
Um fazia o solo e os outros respondiam.
Das manhas e
tarde nos cafezais e canaviais, o Jongo passou para as noites, nos terreiros.
Mas, para que isso fosse possível, os negros “mandigavam”, pediam ajuda a seus
mortos para que na Casa-Grande todos caíssem em sono profundo. Depois agradeciam,
cantando e dançando. Mas só ate o sol raiar, sem ninguém interromper.
João Batista Vargens. NOTAS MUSICAIS CARIOCAS. Valeria Fernandes.
“O Jongo no Rio de Ontem e Hoje”. Petrópolis 1986.
5º Área do Samba (Principiando na zona agrícola da Bahia e
cobrindo os estados do sul até São Paulo, com núcleos isolados em outros pontos
de mais forte afluência negra, como Pernambuco).
Joaquim Ribeiro. FOLCLORE BRASILEIRO. 1914.
- SALÃO DE AUDIÇÃO -
O Candongueiro. (Jongo)
Álbum: Lagoa da Onça.
Nos encontraremos na "sessão" do Cine ABC (Música Folclórica Brasileira).
Miudinho - O miudinho é dança e um dos passos dos sambas. Eu
mesmo tive ocasião de ver, na Bahia, as mulheres o dançarem em sambas de roda,
de modo prodigioso. Avançam como se fossem bonecas de mola, com o corpo imóvel
e um movimento quase imperceptível de pés, num ritmo rápido e sempre igual:
De-vagá, miudinho
miudinho só !
Renato Almeida. HISTORIA DA MÚSICA BRASILEIRA. Pag. 163. Rio
de Janeiro - 1942
5º Área do Samba (Principiando na zona agrícola da Bahia e
cobrindo os estados do sul até São Paulo, com núcleos isolados em outros pontos
de mais forte afluência negra, como Pernambuco).
Joaquim Ribeiro. FOLCLORE BRASILEIRO. 1914.
- SALÃO DE AUDIÇÃO -
O Moleque. (Miudinho)
Álbum: Boa Viagem.
Foto: Rosa Morais.
Sem nunca sair de cartaz... Estamos aguardando à todos na "sala de visitas" do
Jongo Canção - Mas esse Jongo não era só Canto e Dança. Os
Jongueiros formavam uma comunidade, onde todos se conheciam e se respeitavam.
E, no desafio dos Pontos, “amarrar alguém” podia ser uma espécie de agressão.
Seu Aniceto conta muitas histórias de gente que ficou como enfeitiçada por
causa do Jongo.
João Batista Vargens. NOTAS MUSICAIS CARIOCAS. Valeria
Fernandes. “O Jongo no Rio de Ontem e Hoje”. Petrópolis 1986.
5º Área do Samba (Principiando na zona agrícola da Bahia e
cobrindo os estados do sul até São Paulo, com núcleos isolados em outros pontos
de mais forte afluência negra, como Pernambuco).
Joaquim Ribeiro. FOLCLORE BRASILEIRO. 1914.
- SALÃO DE AUDIÇÃO -
O Cortejo. (Jongo Canção)
Álbum: Boa Viagem.
Foto: Paulo Souza.
Estamos aguardando á todos no Cine ABC (Música Folclórica Brasileira)
Samba Bahiano - O samba é uma exibição das qualidades
individuais de cada dançarino. Cada qual mais apurado, mais entusiasta e as
crioulas com o seu maior remelexo. Os olhares lascivos da sambadeira além de
bulirem com o sentimento dos espectadores, produzem maior ou menor excitação
nela própria.
Samba quer
dizer adoração, queixume, súplica e desejo.
Zilda Paim. RELICÁRIO POPULAR. Pag. 56. Salvador – 1999.
5º Área do Samba (Principiando na zona agrícola da Bahia e
cobrindo os estados do sul até São Paulo, com núcleos isolados em outros pontos
de mais forte afluência negra, como Pernambuco).
Joaquim Ribeiro. FOLCLORE BRASILEIRO. 1914.
- SALÃO DE AUDIÇÃO -
Boa Viagem. (Samba Bahiano)
Álbum: Boa Viagem.
Foto: Cortesia.
Foto: Cortesia.
Estamos aguardando á todos no Cine ABC (Música Folclórica Brasileira).
CHULA - Em Tocós, um esquecido povoado pertencente ao
município de Antônio Cardoso, vizinho da cidade de Feira de Santana. No
Agreste, quem é de Samba, do Candomblé, quem reza para Santo Antônio, São Cosme
ou Santa Barbara conhece Luísa Pereira Brandão. Com quase 80 anos como Dona
Zinhá. Além disso, Dona Zinhá é uma Parteira respeitada, “Mãe de Embigo” de muita
gente de Tocós, que vive em casa rodeada por animais domésticos. Desconfiada,
ela fala pouco, ao mesmo tempo em que, numa conversa entrecortada, comenta sua
vida pessoal, fala do seu apego e das manias de seus bichos de estimação revela
uma coisa ou outra que sabe do Samba e do Candomblé.
Para Dona Zinhá, o Samba veio
com os Africanos mais antigo, escravizados. Eles teriam deixado de herança o
“Samba Nagô” tocado nos Terreiros com tambor, o “Samba Brasileiro” ou de
“Pandeiro em Pé”, tocado nas palmas, no pandeiro e viola, é o Corrido, a Chula,
o Côco”. Além de um vasto repertório de Chulas, Relativos, Corridos e Rezas,
Dona Zinhá pega firme no tambor e no pandeiro.
Ari Lima e Katharina
Döring. MESTRES DA CHULA. “Região do Semi-Árido”. Salvador-2009.
5º Área do Samba (Principiando na zona agrícola da Bahia e
cobrindo os estados do sul até São Paulo, com núcleos isolados em outros pontos
de mais forte afluência negra, como Pernambuco).
Joaquim Ribeiro. FOLCLORE BRASILEIRO. 1914.
- SALÃO DE AUDIÇÃO -
A Mãe Preta. (Chula)
Álbum: Boa Viagem.
Foto: Cortesia do Arquivo.
Foto: Cortesia do Arquivo.
Continuem conosco... "Amigos", no Cine ABC (Música Folclórica Brasileira)
Música Folclórica Brasileira: Samba de Terno - Os Reisados
são de procedência “Sudaneza” principalmente dos Gêges. Os componentes do Terno são chamados
Pastores e Pastoras. O “Reisado” sempre foi uma festa do coração, através dele
se cristalizaram as mais puras amizades, e manifestações cordiais entre as
famílias. Distinguir uma casa, nas noites de Reis, com grupos de lanternas de
seda, castanholas e a orquestra á frente, era um acontecimento luminoso para a
família.
Zilda Paim. RELICÁRIO POPULAR. Pag. 76. Salvador - 1999.
5º Área do Samba (Principiando na zona agrícola da Bahia e
cobrindo os estados do sul até São Paulo, com núcleos isolados em outros pontos
de mais forte afluência negra, como Pernambuco).
Joaquim Ribeiro. FOLCLORE BRASILEIRO. 1914.
- SALÃO DE AUDIÇÃO -
A Porta do Samba. (Samba de Terno)
Álbum: Boa Viagem.
Foto: Cortesia.
Estamos em Cartaz no Cine ABC (Música Folclórica Brasileira)
Música Folclórica Brasileira: Batuque - Um homem ia para o
centro da roda e dançava minutos, tomando atitudes lascivas, até que escolhia
uma mulher, que avançava, repetindo os maneios não menos indecentes, e este divertimento
durava ás vezes até o amanhecer.
Henry Koster. VIAGENS AO NORDESTE DO BRASIL. Pag. 316.
Brasiliana. São Paulo - 1942.
5º Área do Samba (Principiando na zona agrícola da Bahia e
cobrindo os estados do sul até São Paulo, com núcleos isolados em outros pontos
de mais forte afluência negra, como Pernambuco).
Joaquim Ribeiro. FOLCLORE BRASILEIRO. 1914.
- SALÃO DE AUDIÇÃO -
O Forte do Mar. (Batuque)
Álbum: Boa Viagem.
Foto: Cortesia.
Estaremos aguardando á todos no Cine ABC (Música Folclórica Brasileira)
Música Folclórica Brasileira: Samba-Chula - Na outra margem
do Rio Paraguaçu, nos municípios de Antônio Cardoso, Santo Estevão e Rafael
Jambeiro, a Chula é chamada de Coco e o Corrido chamado de Chula. O Samba se
caracteriza por ser um Samba de Desafio, cheio de riquezas poéticas que
retratam o universo regional com sutileza, humor e variedade literária. Entre
os sambadores antigos, Samba é coisa séria, assunto de homens brabos que se
desafiam com palavras afiadas e ritmadas, levando noites inteiras nessas
disputas que renderam muitas lendas em toda região.
Katharina Döring. A CHULA NO SAMBA DO RECÔNCAVO. Notas da "contra-capa" do CD e DVD. CANTADOR DE CHULA. Salvador – 2009.
5º Área do Samba (Principiando na zona agrícola da Bahia e
cobrindo os estados do sul até São Paulo, com núcleos isolados em outros pontos
de mais forte afluência negra, como Pernambuco).
Joaquim Ribeiro. FOLCLORE BRASILEIRO. 1914.
- SALÃO DE AUDIÇÃO -
Todo Dia. (Samba-Chula)
Álbum: A Folha da Mata.
Foto: Adela Aragón López.
Foto: Adela Aragón López
Obrigado... Queridos amigos !!!
"Todo Dia" estaremos no Cine ABC (Música Folclórica Brasileira)
Música Folclórica Brasileira: Samba-Bahiano - O samba chegou
à cidade com os ranchos, terminou conquistando os salões, dominando as estações
de radio e tornando-se a predileção carioca e, afinal, brasileira. Hoje, o
interesse é internacionalizá-lo. Sem dúvida, é a expressão mais legitima da
dança brasileira e nele perduram vivas as células da música afro-luso-brasileira.
Vasco Mariz. A CANÇÃO BRASILEIRA (Erudita, Folclórica, Popular).
Pag. 165. Rio de Janeiro – 1977.
5º Área do Samba (Principiando na zona agrícola da Bahia e
cobrindo os estados do sul até São Paulo, com núcleos isolados em outros pontos
de mais forte afluência negra, como Pernambuco).
Joaquim Ribeiro. FOLCLORE BRASILEIRO. 1914.
- SALÃO DE AUDIÇÃO -
A Colina. (Samba-Bahiano)
Álbum: A Folha da Mata.
Foto: R-Téc Informática.
Foto: R-Téc Informática.
Saudações ... Amigos !!!
Até Breve na Soirée do Cine ABC (Música Folclórica Brasileira)
Música Folclórica Brasileira: Batuque - Com o nome batuque
ou batuque-boi há uma luta popular, de origem africana, muito praticada nos municípios
de Cachoeira e de Santo Amaro e capital da Bahia, uma modalidade de capoeira. Executam-na
ao som de padeiro, ganzá, berimbau e cantigas. A tradição indica o batuque-boi
como procedência banto, taqualmente a capoeira, cujo nome tupi batiza o jogo
atlético de Angola.
Luís da Câmara Cascudo. Dicionário do Folclore Brasileiro.
Pag. 95. Rio de Janeiro – 1954.
5º Área do Samba (Principiando na zona agrícola da Bahia e
cobrindo os estados do sul até São Paulo, com núcleos isolados em outros pontos
de mais forte afluência negra, como Pernambuco).
Joaquim Ribeiro. FOLCLORE BRASILEIRO. 1914.
- SALÃO DE AUDIÇÃO -
A Folha da Mata. (Batuque)
Álbum: A Folha da Mata.
Foto: Ana Maria.
Foto: Ana Maria.
Amigos, Colaboradores e Admiradores ...
Estaremos no Cine ABC (Música Folclórica Brasileira)